EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa) se reuniu para debater as principais demandas dos bancários. Rita Serrano, representante eleita pelos empregados para o Conselho de Administração da Caixa, participou do encontro e alertou que o projeto de criar outra instituição financeira, que nasceria como subsidiária da Caixa e para onde seriam transferidas as principais operações do banco, o chamado “Banco Digital”, faz parte da agenda de privatização do Governo Bolsonaro que pretende “passar a boiada” vendendo o patrimônio público brasileiro, da qual as operações dos bancos públicos fazem parte.
“Somos a favor dos avanços tecnológicos de ampliação da plataforma digital, , mas nos opomos à manobra de criação de outro banco, que nasceria com o objetivo de incorporar ativos e dados da Caixa, para em seguida ser entregue ao capital privado”, explicou a Conselheira eleita.
O diretor do Sindicato e membro da CEE, Rogério Campanate, destacou a importância da presença de Rita, eleita pelos empregados, para o Conselho de Administração na defesa da Caixa enquanto instituição pública e dos interesses da sociedade e dos empregados. A possibilidade de ter um Conselheiro eleito pelos empregados no Conselho de Administração da empresa é fruto de muita luta e articulação.
“É sempre bom lembrar a importância de um banco público para o país e para o povo brasileiro que durante esta pandemia, viabilizou o pagamento do auxílio emergencial e dos programas sociais. Se dependêssemos dos bancos privados a população estaria à deriva porque os banqueiros só se importam com os lucros. Por isso é preciso entender que a luta contra a privatização é de todos os brasileiros. E nesta hora vemos também como é importante ter uma representante dos trabalhadores no CA da Caixa”, disse Campanate.
Assédio moral
Outro problema abordado na reunião foi a elevação da pressão e do assédio moral no banco, que tem levado a um grande adoecimento entre os bancários.
“Empregados de diversas regiões estão reclamando de assédio moral, zaps e reuniões fora de hora. Uma empresa tem que ter o compromisso com a saúde e bem-estar de seus funcionários, mas a direção da Caixa tem agido pior que as instituições privadas na cobrança de metas absurdas e adoecendo os empregados”, disse o sindicalista. Ele lembrou que, em breve, o Sindicato vai divulgar orientações para obtenção de provas contra o assédio moral, mas que os bancários devem denunciar, desde já, estas práticas desumanas ao Sindicato para que sejam tomadas as devidas providências.
Manutenção do Home Office
Os sindicalistas lembraram ainda na reunião, que o Comando Nacional da categoria está cobrando da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a manutenção do Home Office e o fortalecimento dos protocolos de prevenção à Covid-19 em razão do agravamento da pandemia.
Foi solicitado ao Comando que seja negociado com a direção da Caixa a volta da abertura das agências no horário normal - 10h ou 11h, conforme a localidade - mantendo o horário de atendimento reduzido em razão da pandemia.
Saúde Caixa
O Saúde Caixa também esteve na pauta do encontro. Conforme determinação do Acordo Coletivo, o GT Saúde CAIXA precisa apresentar, até o dia 31 de julho, uma proposta de custeio e gestão para o plano de Saúde. O Grupo de Trabalho sobre o tema se reuniu três vezes e após resolvidas algumas formalidades, apresentará novas informações sobre o assunto para os empregados.
Foi informado também que serão ativados os Fóruns Regionais de Condições de Trabalho, compostos normalmente por SR (Superintendência de Rede), GIPES (Gerência de Filial de Pessoas), GILOG (Gerência de Filial de Logística) e o Sindicato.