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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Diante da inoperância do governo coube aos empregados da Caixa Econômica Federal implantar um sistema digital que permitiu o pagamento do auxílio-emergencial à população, o que seria impossível porque mais de 40 milhões de brasileiros simplesmente não existiam para o Ministério da Economia. Mas Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, estão se utilizando deste avanço tecnológico para defender a transferência de todas as atribuições do banco para uma Caixa inteiramente digital.
A denúncia foi feita por Rita Serrano, representante dos empregados da CEF no Conselho de Administração e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, nesta quarta (3/2), durante reunião pública virtual da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A atividade foi uma iniciativa do vereador Lindbergh Farias (PT) em defesa da estatal que completa 160 anos.
“A Caixa atinge o auge de seu papel social nesses seus 160 anos, promovendo grande inovação tecnológica. Mas essa expertise, ao invés de representar a excelência na gestão pública, é usada como argumento para privatização com o chamado ‘banco digital’, uma nova instituição financeira que seria criada como subsidiária com o objetivo de privatizar o controle de operações da Caixa”, afirmou.
Falou, ainda, sobre a grande pressão sofrida pelos empregados da CEF neste momento de pandemia, atuando sob risco para atender milhões de brasileiros. Disse que o número de falecimentos por conta da covid-19 que já chega a quase 30 empregados.
Participaram do evento, também, além de Lindbergh Farias, os vereadores do PT Reimont e Tainá de Paula. E o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti e os diretores da entidade, José Ferreira e Rogério Campanate, o diretor da Fenae, Sérgio Takemoto e a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. Em seus discursos, além de falar sobre a importância da CEF e de seus 160 anos, destacaram a ameaça de privatização.
O presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, acusou o governo federal de sucatear e privatizar em fatias a CEF. Frisou que desde sua criação o banco público está ligado aos sonhos dos brasileiros, tendo como marca a habitação, mas que o atual governo busca apenas seu enfraquecimento.
*Com informações da Fenae.