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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Caixa Econômica Federal também vem passando por um processo de desmonte com privatizações fatiadas, demissões incentivadas e não realização de concurso, apesar do seu importante papel social, evidenciado principalmente durante a pandemia. Como parte das mobilizações contra este processo, os empregados do banco fizeram no último dia 12, data em que a estatal completou 160 anos, uma série de manifestações nos estados, como parte da campanha em defesa da CEF e pela valorização dos empregados.
No Rio houve três atividades: pela manhã, a apresentação de um esquete da Cia de Emergência Teatral no prédio da CEF, o Aqwa Corporate, no Porto Maravilha, e, ao meio-dia, no Passeio Corporate; e, a partir das 15 horas, um ato público na Central do Brasil, para denunciar a tentativa do governo Bolsonaro de acabar com a Caixa, para beneficiar grupos privados nacionais e estrangeiros. Houve distribuição de bolo para comemorar os 160 anos.
Metas na pandemia
O diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados, Rogério Campanate criticou a privatização fatiada da CEF e a desumanidade da direção do banco contra os empregados na pandemia. Lembrou que, indiferente aos casos fatais, a diretoria da CEF, além de impor metas nesta situação difícil, mudou para pior os protocolos de prevenção ao covid-19, em julho.
O ato denunciou o caráter desumano da exigência de metas em plena pandemia, período em que a preocupação do governo e da direção da CEF deveria ser em garantir a saúde e a vida dos empregados. O atendimento à população só foi possível devido ao esforço heroico dos empregados, que se desdobraram em jornadas exaustivas mesmo tendo que enfrentar o desinteresse do governo, o risco de contaminação pela covid-19 e o quadro reduzido de pessoal. Neste período, a única iniciativa do governo foi impor a privatização fatiada do banco e metas abusivas, tendo levado os empregados ao adoecimento.
Também diretor do Sindicato, José Ferreira, falou sobre a importância de dialogar com a população sobre a necessidade de defender a CEF. “Neste dia em que a Caixa completa 160 anos, o Sindicato faz este ato na Central do Brasil, ao mesmo tempo em que dialoga com a sociedade e busca apoio para defender a continuidade da Caixa como banco social e público contra a tentativa do governo atual de entregá-la ao setor privado”, afirmou.
A Caixa é do Brasil
Nas manifestações, os diretores do Sindicato lembraram que a história da Caixa se confunde com a do Brasil. Desde a sua fundação em 1861, tem sido um banco voltado para os setores mais pobres, sendo, também, um poderoso financiador do desenvolvimento econômico do país, presente em 97% dos 5.570 municípios.