Terça, 29 Dezembro 2020 19:54

Bolsonaro extingue uso compartilhado de lotéricas da Caixa pelo Banco do Brasil

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

No meio da pandemia do novo coronavírus, período dramático em que a população mais precisa de acesso aos serviços dos bancos públicos, o governo Bolsonaro extinguiu o convênio que permitia o compartilhamento de lotéricas e terminais de autoatendimento, entre a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. A informação é do deputado Rafael da Rocha (PSB-RN), que neste dia 28, encaminhou requerimento de informação (número 1698/2020) à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, para cobrar esclarecimentos do caso ao Ministério da Economia.

Foi escolhido para relatar o pedido, e orientar pelo seu envio, ou não, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP). Além de cobrar informações “do ministro Paulo Guedes, sobre o fim do acordo de compartilhamento entre o BB e a CEF para uso das agências lotéricas e terminais de autoatendimento”, o documento exige ainda outros esclarecimentos.

Entre eles estão listados os seguintes: 1) O Ministério da Economia sabia do encerramento desse acordo, justamente em meio à pandemia de Covid-19? 2) Qual o motivo do rompimento? 3) Há estudos sobre o impacto dessa medida para os correntistas? 4) Quantos usavam as lotéricas para saques, pagamentos, depósitos, transferências e até extratos? 5) A direção do Banco do Brasil alegou que a Caixa Econômica Federal queria reajustar os preços dos serviços das lotéricas pagos pelo BB? 6) Qual o valor desses serviços? 7) A função social desses bancos não fica comprometida com o fim desse compartilhamento? 8) A Caixa Econômica Federal não está sendo desvirtuado de sua natureza jurídica e seu fim social? 9) Como os clientes, que perderam esses serviços, estão sendo atendidos nas cidades distantes que não possuem agências? 10) Estão desamparados? 11) Essa ação está relacionada ao uso do PIX? 11) Busca-se com isso a diminuição do atendimento presencial? 12) Pode acarretar em futuras demissões? 13) Há previsão de romper o convênio com os Correios também?

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