Sexta, 11 Dezembro 2020 20:13
CAIXA

Aglomerações e ausência de medidas de prevenção em agências da Zona Oeste

Empregados denunciam que a direção da empresa não tem fechado as agências que apresentem casos de bancários infectados pela Covid-19
Edelson Figueiredo, Paulo Matileti e Ronaldo Gonzaga percorreram agências da Caixa, na Zona Oeste do Rio: aglomerações e descumprimento de protocolos colocam em risco os empregados e a população Edelson Figueiredo, Paulo Matileti e Ronaldo Gonzaga percorreram agências da Caixa, na Zona Oeste do Rio: aglomerações e descumprimento de protocolos colocam em risco os empregados e a população

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O vice-presidente Paulo Matileti e os diretores do Sindicato dos Bancários do Rio Ronaldo Gonzaga, o Ronaldão, e Edelson Figueiredo percorreram agências da Zona Oeste da Caixa Econômica Federal para conferir denúncias de vários problemas, como aglomerações nas unidades e ausência do protocolo de prevenção à Covid-19, colocando em risco a Cida dos bancários e da população.  

Os sindicalistas confirmaram o descumprimento de vários itens do acordo firmado entre os bancos com os Sindicatos.

Sem placas de acrílico

Além de poucos funcionários no atendimento foi possível observar a ausência de placas de acrílico à frente dos guichês e das mesas de atendimentos inclusive as gerenciais.

Paulo Matileti considera um absurdo o que a direção da Caixa vem fazendo com os empregados.

“O que mais causa revolta ao funcionalismo é assistir o presidente da República, Jair Bolsonaro afirmar que o Governo foi o responsável pelo pagamento do auxílio emergencial, sem citar a importância do papel social da   Caixa enquanto instituição pública e o esforço dos empregados para garantir o pagamento do Auxílio e do FGTS Emergencial à população mais vulnerável”, critica. O dirigente sindical acrescentou dizendo que se a Caixa continuar a desrespeitar o acordo para medidas de prevenção à Covid-19, o Sindicato irá realizar paralisações nas agências que não estiverem zelando pela saúde dos empregados e dos usuários.

Os bancários denunciaram que há colegas atingidos pela Covid-19 que foram retirados da quarentena e estão sendo obrigados a continuar suas atividades profissionais nas agências. Houve caso em que um membro da família de um colega foi infectado por ele, que continuava a trabalhar na unidade.

CAT não tem sido emitida

Ronaldão, dirigente sindical, disse que os empregados denunciaram que a Caixa não está emitindo a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) dos bancários cometidos pelo coronavírus.

“Além de não ter a CAT emitida, os empregados estão sofrendo pressão dos usuários no atendimento, que tem resultado em doenças psicológicas, pois não há reposição de mão de obra e sequer um número suficiente de funcionários para o atender a demanda e nem para cobrir o bancário na hora de seu almoço. Inclusive, a deficiência no número de trabalhadores para atender a população tem feito com que o banco descumpra a legislação, não realizando o atendimento prioritário”, explica.

Matileti lembra que o PDV (Plano de Demissão Voluntária) que está sendo colocado em prática pela direção do banco, sem a contratação de novos concursados, irá agravar ainda mais a situação nos locais de trabalho.

“A direção da Caixa não respeita os empregados e nem o povo que utiliza os serviços nas agências. Os bancários fazem o que podem e estão sobrecarregados”, completa.

A sanitização das unidades também não tem sido realizada adequadamente e tem sido feita pelos próprios trabalhadores terceirizados da limpeza, que correm risco com a utilização dos produtos químicos e não são treinados para esta função. Além disso, as agências não estão sendo fechadas em caso de contaminação de bancários, descumprindo um importante item do protocolo de prevenção acordado pelos bancos com a categoria.

 

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