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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Um dos prédios mais antigos do Rio de Janeiro, construído há 50 anos para ser a Sede da Caixa Econômica Federal, localizado no coração da cidade, será totalmente esvaziado no próximo dia 30 de novembro de 2020, quando os últimos setores do banco serão definitivamente transferidos para um novo prédio localizado no Porto Maravilha, antiga Zona Portuária. Com uma história de lutas dos bancários, até a transferência dos empregados foi fruto de diversas manifestações e negociações com os representantes da empresa, garantindo 95% das unidades e empregados transferidos para o edifício Passeio Corporate, localizado na Rua das Marrecas nº 20, também no Centro. “Essa luta contra a transferência dos empregados para o prédio no Porto Maravilha, também entra para a história de lutas e conquistas dos empregados da Caixa, por ter sido a última atividade de destaque no “Barrosão” desde a maior greve realizada em 1985, quando foi conquistado o direito de sindicalização aos empregados e a jornada de seis horas diárias” comenta Paulo Matileti, vice-presidente do Sindicato e Presidente da APCEF/RJ, que coordenou o abaixo-assinado com mais de 1.500 assinaturas dos empregados que foi encaminhado à direção da empresa, culminando com o histórico abraço no Barrosão.
A mobilização continua
Pelos corredores da empresa muito se comenta que não haverá mais greve ou paralisações na área-meio da Caixa, uma vez que o Prédio da Rua das Marrecas (Marrecão) é comercial, com diversas empresas particulares ocupando vários andares. Para Matileti nada vai impedir a mobilização da categoria, especialmente em tempos que o ministro da Economia Paulo Guedes fará de tudo para privatizar os bancos públicos, conforme já anunciou publicamente. Na era FHC (1994- 2002) a categoria impediu a venda da Caixa e do Banco do Brasil, bem como a Petrobras, para o setor privado. “O fato dos empregados da Caixa atuarem num prédio comercial, não é impeditivo, uma vez que temos consciência da legalidade do movimento sindical e da extrema necessidade da unidade e da mobilização dos empregados, diante os vários desafios que teremos daqui pra frente: a defesa da Caixa 100% pública, Saúde-Caixa, contratação dos aprovados em 2014 e outras reivindicações. Portanto temos que continuar mobilizados e dispostos a fazer um embate com esse governo fascista que trabalha para destruir as empresas públicas e retirar direitos dos trabalhadores” conclui Matileti.