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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A forte mobilização dos bancários em todo o país e a repercussão da pressão feita pela categoria nas redes sociais fez a Caixa Econômica Federal recuar de sua intransigência e apresentar avanços em sua proposta final, especialmente em relação a um das reivindicações mais relevantes para os empregados, o Saúde Caixa. O banco queria mudar o modelo de custeio, que é de 70% por conta da empresa e 30% para os empregados. Em sua proposta final feita na mesa específica, nesta sexta-feira (28), a empresa voltou atrás e decidiu manter o modelo atual.
Novos usuários no plano
Outra fundamental conquista é o direito do ingresso de novos funcionários, o que possibilitará a oxigenação do plano, contribuindo para a sua sustentabilidade. O titular descontará 3,5% de seu salário e cada dependente, 0,4%, com teto de 4,3% para mais dois dependentes. A coparticipação é de 30% por procedimento, co teto de R$3.600 por grupo familiar. Os beneficiários não pagam a coparticipação para internação e tratamento oncológico, que costumam os procedimentos mais caros no mercado. Para o atendimento de pronto socorro a coparticipação é de R$75.
Grupo de Trabalho
Será constituído ainda um Grupo de Trabalho para debater e elaborar propostas com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira do plano.
Outra conquista fundamental é a inclusão dos contratados pós 2018 na mesma regra dos demais funcionários, a maioria Portadores de Deficiência (PCDs).
“Foi um processo de negociação muito difícil, até porque estamos numa conjuntura de um governo que ataca os direitos dos trabalhadores e impõe arrocho salarial, mas nós conseguimos reduzir bastante o impacto financeiro que as propostas iniciais da Caixa traziam sobre os ombros dos bancários”, disse o diretor do Sindicato Rogério Campanate, que faz parte da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).
Princípios garantidos
O sindicalista destaca ainda que um dos aspectos mais importantes da proposta final para o Saúde Caixa é a manutenção dos princípios do plano, de mutualismo, em que todos se beneficiam igualmente dos benefícios e qualidade dos serviços de saúde, independente da idade do usuário ou do número de dependentes. O princípio da Solidariedade (todos pagam um mesmo percentual do salário, logo quem ganha mais, contribui mais) e o pacto intergeracional: independentemente da idade e do salário, todos tem uma contribuição percentual que permite que os mais idosos permaneçam no plano, o que não ocorre nos planos de saúde privados do mercado.
PLR
Para a PLR (Participação nos Lucros e resultados), a Caixa seguirá a proposta fechada em mesa única de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban, garantindo os direitos do atual Acordo Coletivo vigente, inclusive a preservação da PLR Social.
Na noite da última quinta-feira (27), mensagens contra a postura do governo e da direção do banco público foram projetadas em prédios de sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Belém e Brasília.
A ação foi organizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), pelas Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs) e pelos sindicatos.
Assembleia sábado
Neste sábado, dia 28 de agosto, a partir das 20 horas, os bancários têm assembleia conjunta que pode decidir os rumos da campanha salarial. A participação de todos é fundamental. Inscreva-se pelo link: https://pt.surveymonkey.com/r/HMWQ6RK
Nova Proposta: como fica o Saúde Caixa