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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A direção da Caixa Econômica Federal apresentou avanços na negociação sobre o Saúde Caixa com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) na quinta-feira (27). Após um longo debate que terminou na madrugada de sexta-feira (28), o banco aceitou manter o modelo de custeio 70% para a empresa e 30% para os empregados, mas com uma transição até 2021. A empresa garantiu ainda a criação de um Grupo de Trabalho com a participação dos bancários para debater a sustentabilidade do plano.
Segundo os representantes da empresa, a proposta respeita também o mutualismo, o pacto intergeracional e a solidariedade, além da inclusão dos empregados que foram admitidos a partir de setembro de 2018, como reivindicam os trabalhadores.
Na proposta inicial, o modelo 70/30 seria mantido com uma contribuição individualizada de 3,7% do salário para o titular e mais 0,5% por dependente, além de uma coparticipação de 30% de cada dependente e o teto individualizado de R$2.870. Na madrugada desta sexta-feira, a Caixa trouxe uma nova proposta para a mesa, com contribuição de 3,5% do salário para o titular e mais 0,6% por dependente e coparticipação de 30% de cada dependente e o teto individualizado de 2.200,00
“Não há dúvidas de que o fato de a Caixa permitir novos funcionários no plano é um avanço para oxigenar o Saúde Caixa, o que é importante para ajudar a garantir a sustentabilidade do sistema. E embora reconheçamos que um reajuste do plano seja necessário é preciso chegar a valores que todos possam pagar”, explica o diretor do Sindicato Rogério Campanate, que participou da reunião realizada por videoconferência.
Fim da PLR Social ?
Para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a Caixa garantiu a manutenção da proposta fechada em mesa única de negociação com a Fenaban, garantindo uma remuneração base. O movimento sindical não aceita o fim da PLR Social, o que seria uma falta de reconhecimento ao esforço dos empregados da empresa durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), inclusive colocando em risco suas vidas e de seus familiares para garantir o pagamento do auxílio e do FGTS emergencial e do seguro desemprego para a população.
“A Caixa apresentou nova proposta e vamos avaliar, até por conta do horário. Mas, reforçamos que, ainda assim, seja revisto os percentuais e pedimos que a coparticipação seja por grupo familiar e não individual. Aguardamos nova proposta do Saúde Caixa, cobramos ainda a manutenção da PLR Social e o retorno das demais reivindicações da minuta entregue”, destacou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa .
Na avaliação do Sindicato a mobilização precisa ser intensificada para que os bancos cheguem a uma proposta decente para toda a categoria.
Uma nova reunião ficou pré-agenda para esta sexta-feira (28), às 10h.
Fonte: Contraf-CUT