O presidente Jair Bolsonaro, seguindo a política econômica do Ministro da Economia Paulo Guedes, baixou na última sexta-feira, dia 7 de agosto, a Medida Provisória 995/2020 que autoriza a incorporação acionária por empresas privadas. O objetivo é permitir a privatização de fatias altamente lucrativas do banco, como cartões, seguros e as lotéricas. O movimento sindical denuncia que a decisão do governo federal faz parte do processo de privatização dos bancos públicos. “É impressionante como este governo, a cada Medida Provisória, ataca direitos do trabalhador e o patrimônio público. Por diversas vezes Guedes falou de sua sanha em privatizar instituições públicas com o único propósito de privilegiar os bancos e empresas privadas, mesmo que isto represente prejuízos para o Brasil e para o povo brasileiro. A privatização a­­me­aça ainda o Saúde Caixa e o Funcef, fundo de pensão dos empregados”, disse o vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti.

O sindicalista destacou a importância da unidade da categoria para defender os bancos públicos. “Mais do que nunca temos que fortalecer a campanha nas redes sociais e denunciar esta política entreguista. Os bancos privados querem só a parte lucrativa das instituições públicas sem nenhum compromisso com programas sociais de distribuição de renda, de habitação e saneamento e crédito para a micro e pequena empresa e para a agricultura familiar. Nesta pandemia a população percebeu a importância das políticas públicas e do estado para o país. Esta é uma luta de toda a sociedade”, completa.

Negociações

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa entregou na sexta-feira (7), a pauta de reivindicações específicas para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados. Nesta quarta (12) começa a negociação com a direção do banco sobre saúde e segurança. Na segunda-feira (17) o tema será Igualdade de Oportunidades e cláusulas sociais e no dia 19 de agosto, quarta-feira, a continuidade dos itens das cláusulas sociais.