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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Começa nesta sexta-feira, dia 7 de agosto, a primeira negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a direção do banco. Na pauta, as reivindicações sobre teletrabalho para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A minuta foi aprovada pelos bancários no 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em julho e está centrada em três eixos principais: Defesa da Vida (Democracia; Empresas Públicas; Bancos Públicos e Defesa da Caixa 100% Pública), Saúde ( Saúde e Condições de Trabalho; Saúde Caixa e Funcef) e Direitos, a fim de garantias as conquistas específicas do ACT e da categoria previstas na Convenção Coletiva de Trabalho para todos os empregados.
Garantir direitos
No dia 24 de junho deste ano, em entrevista à CNN, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco vai expandir seu programa de trabalho remoto após a pandemia. A Reforma Trabalhista criou regulamentação para o teletrabalho, mas para atender aos interesses das empresas, não garantindo condições de trabalho dignas para os funcionários.
“Em função da pandemia o Home Office é necessário, mas os bancos e empresas já deixaram claro que o trabalho remoto veio para ficar, pois os patrões perceberam que isto representará redução de custos e aumento dos lucros. Mas a nossa preocupação é com as pessoas. Por isso defendemos todos os direitos dos trabalhadores que vão continuar trabalhando em casa, garantindo a jornada de seis horas diárias de segunda à sexta-feira, combatendo as metas abusivas e dando condições de trabalho e de saúde para todos os bancários, inclusive os que estão no teletrabalho”, afirma o vice-presidente do Sindicato do Rio Paulo Matileti. O sindicalista lembra ainda que é preciso definir o que é vida privada e familiar e o que é a atividade profissional para evitar sobrecarga e excesso de jornada aos empregados em Home Office. Outra preocupação do movimento sindical é em relação às novas doenças ocupacionais geradas pelo confinamento do trabalhador em casa, o que dá a sensação de não visibilidade do esforço do empregado pela empresa, sentimento de solidão e falta de interação com os colegas de trabalho, gerando mais fadiga, cansaço e estado depressivo, segundo apontam estudos de especialistas.
“Só vamos conseguir avançar com a unidade da categoria e a participação de todos nas atividades de mobilização através das redes socais”, completa Matileti.