Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal realizado neste sábado, dia 11 de julho foi bastante elogiado pelos participantes. Alguns problemas técnicos, comuns para quem participa pela primeira vez do evento de forma virtual, não impediram o êxito do encontro, que reuniu delegados eleitos de todo o país.

Houve um minuto de silêncio em memória dos mortos pela Covid-19 e em solidariedade as famílias que perderam seus entes queridos. Os sindicalistas criticaram o fato de a direção da Caixa não ter dados oficiais do número de bancários mortos pelo novo coronavirus, seguindo a lógica do governo federal de tentar esconder os números da pandemia no Brasil.

Pauta para Conferência Nacional

Foram aprovadas as resoluções que serão levadas para a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada no próximo final de semana, dias 17 e 18 de julho, também por meio eletrônico em função da pandemia. Os delegados eleitos aprovaram o combate à política privatista do Governo Bolsonaro como prioridade, além da preservação dos direitos dos empregados previstos na atual Convenção Coletiva de Trabalho e acordo específico, inclusive para quem continuar no teletrabalho após a pandemia.

A estratégia vitoriosa da mesa única também foi confirmada para a campanha salarial deste ano, bem como a defesa do acordo de dois anos como forma de impedir novos prejuízos para os funcionários ante a conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores. Demandas da Funcef, o fundo de pensão dos empregados do banco e do Saúde Caixa, também estão na pauta de reivindicações dos trabalhadores da empresa.

Consenso e unidade

As teses das correntes políticas, disponíveis no App Viva FENAE, foram defendidas pelos representantes das diversas correntes políticas e em seguida se procedeu a leitura das propostas encaminhadas pelas bases através dos Encontros Estaduais.

O 36° Conecef foi marcado pelo consenso e unidade: das mais de 120 propostas, apenas três divergências precisaram ser votadas.

“Esse consenso se dá em boa hora, já que é um facilitador para a união que tanto precisamos construir na defesa da Caixa 100% Pública e dos direitos de seus trabalhadores”, avalia o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e membro da CEE (Comissão de Empresa dos Empregados), Rogério Campanate.

Painéis destacados

Os participantes reforçaram a defesa das demais instituições e entes públicos como pilar fundamental da soberania nacional, em especial o SUS, sem o qual a tragédia da pandemia da Covid-19 teria sido muito pior.

“A excelente participação dos palestrantes, Eduardo Moreira, Maria Maeno e Caio Blanco elevaram ainda mais o nível dos debates com suas reflexões sobre vida, democracia, saúde e direitos”, acrescenta o dirigente sindical.

Ao longo de todo o Congresso apresentaram-se diversos artistas que concorreram no concurso do “Talentos Fenae”, tornando o evento ainda mais atraente e especial.

"A unidade da categoria será fundamental como nunca na história em função desta conjuntura tão dura e adversa. Unidos vamos superar estas dificuldades e como diz o lema deste ano, a distância não vai impedir a nossa luta", afirma o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.