Após a leitura do regimento interno e apresentação das teses apresentados pelas forças políticas, os delegados que participam do 36º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa) votaram os destaques onde houve divergência nas resoluções. O primeiro destaque propunha a “não negociação com a Caixa durante a pandemia e o retorno somente quando for possível as mobilizações de massa”. A proposta foi rejeitada por 80,51% dos participantes. Apenas 16,41% aprovaram o destaque. O resultado garante a realização das negociações da mesa única e dos acordos específicos mesmo durante a pandemia. O entendimento da maioria é de que a necessidade de distanciamento social não impedirá a mobilização da categoria, como aliás, sugere o lema da Campanha Nacional deste ano: “a distância não nos limita”.

O segundo destaque votado era a respeito da renovação do acordo de dois anos do atual Acordo Coletivo de Trabalho com mais conquistas pelo período de dois anos com a inclusão de garantias para o projeto e o trabalho remotos. De um total de 187 votantes, 118 aprovaram o acordo bianual (63,10%) em função das adversidades e riscos de conjunturas adversas, como a atual crise política, institucional e econômica do Governo Bolsonaro de retirada de direitos e ataques à democracia e à organização sindical. Foram 65 votos contrários (34,76%) e 4 abstenções.

A terceira votação foi sobre as propostas divergentes de ampliação ou de extinção do teto estatutário de gastos no Saúde Caixa. De um total de 178 votos, 140 delegados rejeitaram a proposta de ampliar o teto de gastos do Saúde Caixa (78,65%) 33 aprovaram (18,54%) e 5 se abstiveram. Com isso, o Conecef mantém a proposta de extinção do teto para o sistema de saúde dos trabalhadores da Caixa.

Foi aprovada ainda a minuta específica das demandas dos trabalhadores do banco com 95,63% dos votos.