Quinta, 09 Outubro 2025 17:47

Após protestos em todo o país, Caixa retoma negociação do Saúde Caixa. Rodada será nesta sexta-feira (10/10)

No Rio de Janeiro, diretoria do Sindicato retardou, nesta quinta, início do expediente em três agências importantes do Centro da Cidade. Foto: Nando Neves. No Rio de Janeiro, diretoria do Sindicato retardou, nesta quinta, início do expediente em três agências importantes do Centro da Cidade. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

A diretoria da Caixa Econômica Federal vai retomar, nesta sexta-feira (10/10), as negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa. As rodadas haviam sido interrompidas na terça-feira pelos representantes do banco sob a alegação de que não tinham uma nova proposta a apresentar.

A partir daí os empregados intensificaram as manifestações em todo o país, nas unidades, tanto agências, quanto prédios administrativos, na própria terça, e, de novo, nesta quinta. No Rio de Janeiro houve retardo da entrada nas agências, sendo que, na quinta, a atividade foi realizada na Avenida Rio Branco e na Rua Buenos Aires, com a participação de diversos diretores do Sindicato. 

"Hoje, em continuidade às diversas atividades já realizadas, houve mais um dia nacional de luta pelo Saúde Caixa. Após o cancelamento da mesa de negociação que havia sido marcada na última terça a Caixa chamou nova mesa para amanhã, 10 de outubro”, afirmou a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Carla Guimarães. “Dialogamos com a população e os colegas sobre a necessidade da manutenção do plano em patamares aceitáveis", ressaltou.

Rogério Campanate, membro da CEE, falou sobre a retomada das negociações. “Os empregados da Caixa vêm, desde fevereiro, construindo uma mobilização que demonstrou muita força, com manifestações na terça e hoje (9/10). A empresa acabou agendando uma mesa de negociação para amanhã, e a força desses atos há de arrancar uma boa proposta”, afirmou.

Saiba mais – Na segunda-feira, a Caixa negou a reivindicação dos empregados de extinção do teto de 6,5% da folha salarial para os gastos com a saúde do funcionalismo do banco e o reajuste zero das mensalidades. E apresentou uma proposta rejeitada em mesa pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) com aumento do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%.

A proposta prevê, ainda, reajuste do valor a ser pago por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Pela proposta da Caixa, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofrerão reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.

Durante o protesto desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, o diretor de Políticas Sociais do Sindicato, Carlos Lima, criticou a imposição do teto no custeio da empresa para os gastos com saúde. "Não é possível que a Caixa siga com o teto de 6,5%. Isso tem impactado demais a vida financeira dos empregados e se afasta dos 70/30, que deveria ser de fato a proporção praticada (Caixa/Empregados)", afirmou.

Já a diretora do Sindicato, Sonia Eymard, disse que a atual diretoria da Caixa parece se esquecer que os empregados serão prejudicados com as alterações na forma de custeio do plano de saúde. E acrescentou: “De que adianta reajustar se o empregado não puder pagar o nosso plano de excelência?", questionou durante o protesto no Rio.

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