Quarta, 08 Outubro 2025 13:19
SAÚDE CAIXA

Forte campanha nacional dos empregados faz Caixa marcar nova reunião nesta sexta-feira (10)

Dia Nacional de Luta em defesa do reajuste zero e pelo fim do teto de 6,5% será nesta quinta-feira (9)
Carla Guimarães (E), Sônia Eymard e Caco durante a atividade em defesa do Saúde Caixa, no edifício Passeio Corporate, no Centro do Rio Carla Guimarães (E), Sônia Eymard e Caco durante a atividade em defesa do Saúde Caixa, no edifício Passeio Corporate, no Centro do Rio Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

A campanha nacional das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal em defesa do reajuste zero e do fim do teto de 6,5% no custeio da empresa em relação ao Saúde Caixa segue a todo vapor. A pressão nas redes sociais fez a Caixa, que havia cancelado a negociação na última terça-feira (7), a marcar uma nova reunião nesta sexta-feira (10), às 9h, em São Paulo. 

Na quinta-feira (9) acontece o Dia Nacional de Luta pelo Saúde Caixa. 

"Nossa organização deu frutos, a organização dos trabalhadores sempre dá frutos. Como a proposta da Caixa na segunda-feira foi massivamente rejeitada pelos empregados e após o banco cancelar a negociação na terça, esperamos que a direção da empresa apresente uma proposta plausível de ser apresentada aos bancários da Caixa. Quanto maior nossa mobilização, maior será a possibilidade da empresa atender as nossas reivindicações. Convocamos toda a categoria para participar dessa mobilização nas redes sociais em defesa do reajuste zero e pelo fim do teto de 6,5% no custeio da empresa para o nosso plano", disse o diretor do Sindicato do Rio de Janeiro e representante da CEE-Caixa (Comissão Executiva dos Empregados), Rogério Campanate, que representa a base da Federa-RJ nas mesas de negociação, em São Paulo. 

Caixa desrespeita bancários 

Na segunda-feira (6), a direção da Caixa apresentou uma proposta considerada indecente pela representação dos trabalhadores, que previa aumento da contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%, além de elevação do valor por dependente de R$ 480 para R$ 672.

O cancelamento da negociação na terça (7) foi considerado um desrespeito aos empregados e ao movimento sindical e teve uma repercussão muito negativa nos locais de trilhando, elevando a adesão dos bancários à campanha nacional nas redes sociais. 

Proposta rejeitada 

Pela única proposta apresentada, os valores máximos pagos pelas empregadas e empregados teriam um reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base. A CEE-Caixa (Comissão Executiva dos Empregados) rejeitou imediatamente a proposta durante a reunião de negociação.

Participe da mobilização 

Na avaliação do movimento sindical, a única saída para o impasse é a mobilização nacional. A orientação é que os empregados e empregadas da Caixa compartilhem e comentem as postagens nas redes sociais dos sindicatos, federações e da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), reforçando a defesa do reajuste zero e o fim do teto de 6,5%. Utilizar o instragam e aplicativo X (antigo Twitter) pessoais também ajuda a fortalecer a campanha. 

Importância das redes sociais 

Durante a atividade realizada no edifício Passeio Corporate, no Centro do Rio de Janeiro, a diretora do Sindicato Carla Guimarães destacou a importância da mobilização digital.

“Antigamente, só tínhamos como instrumentos de luta as greves, o fechamento de agências e as paralisações. Agora, com as novas tecnologias, a mobilização nas redes sociais é fundamental”, declarou a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Carla Guimarães, que convidou as empregadas e empregados a entrarem nas redes do Sindicato para compartilhar e comentar as postagens da campanha pelo Saúde Caixa.

O diretor de Políticas Sociais do Sindicato, Carlos Alberto de Oliveira, o Caco, também ressaltou a necessidade de tornar visível à opinião pública a insatisfação dos bancários com o aumento das contribuições dos trabalhadores no plano de saúde, o que rompe com a proporção histórica de 70% de custeio pela empresa e 30% pelos trabalhadores. Segundo o dirigente sindical, essa alteração tem sido um dos principais fatores para o déficit do Saúde Caixa, conforme demonstram os próprios números oficiais apresentados pela empresa. 

Os sindicalistas também criticam a falta de transparência nos balanços divulgados pela estatal sobre o plano.

Para fortalecer a mobilização nas redes sociais, os sindicatos orientam o uso das hashtags: #ReajusteZero; #SaúdeCaixa e #FimDoTetoSaúdeCaixa. 

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