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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal realizam, nesta semana, uma campanha nacional em defesa do reajuste zero, do fim do teto de 6,5% na participação da empresa no plano de saúde e por melhorias na rede credenciada.
Os aumentos médios de 71% nas mensalidades de grupos familiares indignaram os trabalhadores. A representação das empregadas e dos empregados orienta a continuidade das manifestações até que o banco apresente uma proposta digna, que valorize os trabalhadores.
No Rio de Janeiro, dirigentes sindicais percorreram locais de trabalho no Passeio Corporate, na Rua das Marrecas, no Centro, dialogando com os bancários sobre o impasse nas negociações entre a CEE-Caixa (Comissão Executiva dos Empregados) e a diretoria do banco, em São Paulo. Durante a atividade, os bancários tiraram dúvidas e sugeriram estratégias de luta, como uma possível paralisação nacional e a possibilidade de uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho em razão da falta de transparência da empresa na contabilidade do Saúde Caixa.
Os sindicalistas pediram maior engajamento dos trabalhadores na campanha realizada nas redes sociais das entidades sindicais e da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). “Antigamente, só tínhamos como instrumento de luta as greves, o fechamento de agências e as paralisações. Agora, com as novas tecnologias, a mobilização nas redes sociais é fundamental. Vamos entrar nas redes do Sindicato: compartilhem, comentem, defendam o reajuste zero e o fim do teto”, afirmou a diretora do Sindicato Carla Guimarães. Ela ressaltou que é essencial dar visibilidade à insatisfação dos trabalhadores com o aumento do custo do plano, resultado da política da empresa que alterou o estatuto para impor o teto de 6,5% no custeio — medida criada ainda no governo Michel Temer.
O diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio, Carlos Alberto de Oliveira (Caco), criticou a postura da Caixa na mesa de negociações e não descartou a possibilidade de uma futura paralisação nacional.
“Os cálculos do banco sobre o plano não são transparentes. Quando o teto de 6,5% é ultrapassado, a empresa aumenta os valores pagos pelos usuários, rompendo a relação de 70% dos custos para a Caixa e 30% para os empregados. Precisamos desmentir a narrativa de que ‘os empregados não reclamam muito’. Isso não é verdade, mas é preciso organizar as reclamações e participar das campanhas nas redes para que nossa insatisfação tenha visibilidade e chegue ao governo federal”, afirmou Caco.
A diretora do Sindicato Sônia Eymard e a presidenta da Agecef-Rio (Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal do Estado do Rio de Janeiro), Maria do Socorro de Sousa, também participaram da atividade no Passeio Corporate.
Na segunda-feira (6), a Caixa apresentou uma proposta considerada indecente pela categoria — um reajuste médio de 57,14% para titulares e 40% para dependentes, rejeitada pela CEE na mesa de negociação. Nesta terça-feira (7), o banco cancelou a rodada de negociação, alegando não ter novidades a apresentar, numa total falta de respeito para com seus empregados e o movimento sindical.
“Os déficits foram gerados a partir de uma deslealdade da Caixa, que negociou com os empregados uma relação de 70% e 30%, mas incluiu no estatuto da empresa o teto de 6,5%, inviabilizando que o banco honre com sua parte. Agora é mobilização pelo reajuste zero, porque ele é, sim, possível”, explicou o diretor do Sindicato do Rio Rogério Campanate, representante da base da Federa-RJ na mesa de negociações.
Os sindicatos orientam a utilização das seguintes hashtags nas redes sociais para fortalecer a campanha nacional: #ReajusteZero; #SaúdeCaixa e #FimDoTetoSaúdeCaixa