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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A diretoria da Caixa Econômica Federal anunciou esta semana, o fechamento de 128 agências físicas no Brasil. A decisão foi implementada sem prévio debate com o movimento sindical.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, defendeu a suspensão do processo de desativação de unidades, para o debate que deveria ter sido feito antes, até em função dos prejuízos que podem ser causados à população.
“Ainda mais por se tratar de um banco público, em que o fechamento pode trazer sérios transtornos para a sociedade, principalmente para os segmentos mais vulneráveis”, afirmou.
O diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rogério Campanate, disse que o movimento sindical bancário entende a necessidade de mudança diante das diversas transformações pelas quais o mundo está passando. “O que nos preocupa é a forma açodada e sem debate com a base como isso vem sendo feito. Conseguimos na mesa de negociação a garantia de que os empregados não sofrerão perda de renda nesse processo, mas e quanto aos terceirizados (recepcionistas, seguranças, telefonistas)?” questionou.
Para o dirigente, a melhor chance da Caixa passar bem por essa mudança é buscando o feedback de empregados e clientes. “Mas a empresa não vê problema em prescindir de informações tão relevantes para sua tomada de decisão”, criticou.
Fenae também quer suspensão – A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) também defendeu a suspensão da reestruturação, que o banco está chamando de reposicionamento, em reunião, nesta terça-feira (23), com o presidente da Caixa, Carlos Vieira, para tratar do fechamento de agências. Durante o encontro, a entidade manifestou preocupação com o fechamento de 122 unidades nos últimos 12 meses, segundo balanço do banco, e solicitou a suspensão da medida.
Em documento entregue ao presidente do banco, a Fenae reforça que a redução da rede de atendimento compromete o acesso da população a serviços essenciais e enfraquece a função social da Caixa como banco público responsável por executar políticas sociais e programas fundamentais para o desenvolvimento do país.
“A Caixa é um instrumento de inclusão e de execução de políticas públicas. O fechamento de agências vai na contramão dessa missão e prejudica justamente a população que mais precisa do atendimento presencial”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
A entidade também alertou sobre os impactos diretos aos trabalhadores, que enfrentam risco de transferências compulsórias e sobrecarga de trabalho com a diminuição da rede de agências.