Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (14) que vai realizar, a partir da próxima semana, caravanas em agências da Caixa Econômica Federal para debater com os empregados e empregadas, a situação do Saúde Caixa. Na terça-feira (20) está marcado o Dia Nacional de Luta em defesa do Saúde Caixa que contará com atividades em todo o país.

"Para construirmos uma mobilização efetiva é fundamental que os empregados estejam bem informados a respeito do andamento das negociações. Faremos reuniões em diversas unidades, e quem tiver interesse em agendar uma visita do Sindicato em sua unidade para ter mais esclarecimentos pode entrar em contato por e-mail", disse o diretor do Sindicato e representante da CEE-Caixa, Rogério Campanate. O endereço do e-mail é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 

O plano de saúde dos trabalhadores da empresa tem vários pontos a melhorar, principalmente no que diz respeito à gestão e à rede credenciada. 

Há reclamações sobre a qualidade do atendimento, a necessidade de mais profissionais especializados e a abrangência da rede, especialmente em algumas regiões. Além disso, o desequilíbrio financeiro do plano e o teto de custeio da Caixa também geram preocupações. 

Reunião do GT

A CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa voltou a solicitar à direção do banco o fornecimento dos dados primários dos últimos dez anos do Saúde Caixa. O pedido foi feito em reunião realizada na última segunda-feira (12). O objetivo é iniciar os trabalhos da consultoria contratada pelos empregados para fazer análise atuarial do plano de saúde. A gestão Carlos Vieira não garantiu o acesso às informações. A Contraf-CUT encaminhou ofício formalizando o pedido.

Acesso negado

Os representantes da Caixa informaram que “não poderiam garantir que darão acesso aos dados após a contratação da consultoria atuarial, para assessorar os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa. Com os dados dos últimos dez anos e relatórios em mãos, o movimento sindical estaria melhor embasado para as negociações com o banco, a fim de garantir mais qualidade no atendimento e rede credenciada e a sustentabilidade do plano.

“Sempre cobramos transparência da gestão, e no último aditivo assinado fizemos questão de incluir uma cláusula que garantisse acesso aos dados, para que pudéssemos realizar nossas próprias análises das condições do plano. Mesmo assim, os representantes da administração de Carlos Vieira dizem que não podem garantir que teremos este acesso”, disse o coordenador da representação dos trabalhadores no GT Saúde Caixa, Leonardo Quadros, que é presidente da Apcef/SP (Associação do Pessoal da Caixa) e diretor de Saúde e Previdência da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa).

“É um absurdo, já que o plano pertence a nós, empregados, e boa parte de seu financiamento vem de nossas contribuições. A gestão da Caixa precisa respeitar os empregados, e cumprir o compromisso assumido no acordo. Não podemos esperar indefinidamente para ter acesso aos dados. A consultoria atuarial que nos assessora depende deles para realizar seu trabalho de forma adequada”, completou o dirigente sindical. .

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ressalta a necessidade do acesso aos dados:

“O trabalho da consultoria é fundamental para subsidiar o GT e as negociações sobre o plano de saúde. Mas os resultados dependem das informações que são fornecidas. Por isso, vamos oficiar a Caixa, para que ela se manifeste formalmente sobre nossa justa reivindicação”, informou.