Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE-CAIXA) realizou nesta sexta-feira (19), a terceira rodada de negociações com a direção da empresa. O tema da reunião foi igualdade de oportunidades. Porém, antes de entrar no tema específico pautado para o dia, os sindicalistas cobraram uma solução para uma questão que preocupa muito os bancários: o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan Saldado da Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa. 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), juntamente com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a CEE elaboraram um documento apontando diversos pontos a serem melhorados na proposta do banco e da Funcef e entregaram o documento à direção da empresa, antes de começar a negociação sobre Igualdade de Oportunidades. 

"Tivemos que cobrar da Caixa, mais uma vez, que a empresa debata com seriedade esta questão da Funcef numa mesa só para tratar deste tema", explicou o diretor do Sindicato do Rio e da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Rogério Campanate, que é membro da CEE e participou da reunião em São Paulo. 

Vitória para as mulheres 

O movimento sindical conseguiu uma vitória histórica na mesa sobre a Igualdade de Oportunidades: a direção da Caixa atendeu a reivindicado dos trabalhadores e irá criar uma cota que garante pelo menos 30% de mulheres nos cargos diretivos da empresa.

"Inegavelmente é uma vitória histórica que contribui para a igualdade de direitos de gêneros na categoria, embora nosso objetivo é chegar à paridade, com 50% destes cargos de comando para elas" comentou Campanate.

Documento com propostas

O Comitê de Diversidade dos empregados entregou à empresa um documento com críticas a atual situação na estatal em relação ao tema, mas; também com muitas propostas, cobrando ainda compromissos com a igualdade de direitos e o fim da discriminação no banco. A Caixa sinalizou para inclusão de uma cláusula no acordo coletivo que garanta avanços nas reivindicações pela diversidade. 

Comunidade LGBTQIA+

A reunião avançou também no combate à discriminação da comunidade LGBTQIA+.

"A Caixa assumiu o compromisso de fazer um mapeamento da comunidade LGBT dentro da empresa e a criar um canal de denúncias contra a discriminação, o que representa uma sinalização muito importante", ressaltou Campanate.