Sexta, 17 Mai 2024 12:16

É insuficiente a proposta da Caixa sobre redução de jornada de empregados com dependentes PcD

Na foto, cedida pela Fenae, a negociação virtual da CEE com a Caixa. Na foto, cedida pela Fenae, a negociação virtual da CEE com a Caixa.

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Imprensa SeebRio

Em matéria publicada no site da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) classificou como insuficiente a nova proposta sobre a reivindicação de redução da jornada de trabalho dos empregados que são cuidadores de pessoas com deficiência (PcDs). A resposta ao pleito do funcionalismo da Caixa foi apresentada pelo banco em negociação nesta quinta-feira (16).

Rogério Campanate, integrante da CEE e diretor da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, criticou a proposta. O dirigente defendeu, ainda, agilidade nas negociações, que se arrastam sem solução quanto a este e outros tantos pontos pendentes.

Nova rodada – “Cobramos que a empresa realmente valorize a mesa de negociação, e que essa valorização se traduza na resposta às inúmeras demandas pendentes e no agendamento do calendário de mesas de negociação. Não faz sentido inexistir um calendário de mesas com o quantitativo de demandas que precisamos debater com a empresa”, afirmou o dirigente. A pressão fez com que a Caixa se comprometesse atender a demanda da comissão e uma nova negociação já deve ocorrer na próxima semana.

Enrolação – Rafael de Castro, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae, acrescentou que a questão dos PcDs é uma demanda muito importante para um grupo de trabalhadores, que vem sendo debatida há algum tempo. “O banco trouxe proposta que engloba todos os empregados e não o segmento específico.  Além disso, têm aspectos que precisam ser esclarecidos e nós solicitamos mais detalhes ao banco e reafirmamos a necessidade de que o retorno a demandas como essa sejam mais ágeis”, frisou.

Respostas mais rápidas às reivindicações dos trabalhadores foi um dos pontos colocados durante a negociação. Os membros da CEE pontuaram vários pleitos que foram apresentados em outras reuniões ou por meio de ofício e que não obtiveram resposta da Caixa.

A morosidade do banco também foi criticada pelo representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto. “Nossa expectativa é que na próxima reunião o banco apresente propostas para as diversas demandas já apresentadas e ainda pendentes”, reforçou.

Respostas aos empregados do RS – A CEE/Caixa também cobrou mais agilidade nas solicitações dos trabalhadores afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A representante do estado na comissão relatou que empregados estão tendo dificuldades em questões como hotelaria (para quem ficou desabrigado) e o adiantamento emergencial em casos de calamidade.

“Recebemos relatos de que alguns colegas não estão conseguindo o adiantamento por conta da margem consignável ou tendo negado pedidos para estender a hotelaria”, relatou Sabrina Muniz.

Os representantes da Caixa anunciaram, na reunião, que nesta sexta (17) será publicada norma dispensando a margem consignável.

Os membros também reforçaram que problemas mais urgentes podem ser solucionados pelo banco, sem esperar que sejam levados para o comitê de crise nacional.

Gipes – Dentre os pontos pendentes na negociação com a Caixa está a recriação das Gerências de Filial Gestão de Pessoas (Gipes). Segundo o banco, já foi iniciado o processo de implantação de oito Gipes e 20 Representações nos Estados (Repes) e que esse trabalho deve ser concluído até 30 de junho e elas entrem em operação na sequência, a partir de julho deste ano.

“As Gipes são essenciais para agilizar as soluções para os problemas locais enfrentados pelos trabalhadores. Enquanto elas e as Repes não são recriadas, precisamos buscar soluções mais ágeis para as demandas das empregadas e empregados”, reforçou Rafael de Castro.

 

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