Quarta, 15 Novembro 2023 14:19

Aumento do crédito e empenho dos empregados impulsionam lucro da Caixa

Destaque vai para a consolidação da retomada do papel social do banco com o retorno dos investimentos do programa Minha Casa Minha Vida. Foto: Agência Brasil. Destaque vai para a consolidação da retomada do papel social do banco com o retorno dos investimentos do programa Minha Casa Minha Vida. Foto: Agência Brasil.

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Imprensa SeebRio

O aumento na concessão de crédito foi um dos impulsionadores do lucro alcançado pela Caixa Econômica Federal que de janeiro a setembro foi de R$ 7,8 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação deste trimestre (R$ 3,2 bi) com o anterior, a alta foi maior, de 25,5%.

Como no Banco do Brasil, o balanço mostrou que foi fundamental para o resultado o trabalho dos empregados do banco, mesmo convivendo com déficit crônico de pessoal, levando à sobrecarga de trabalho, situação agravada pelo aumento do número de clientes. Este quadro mostra a necessidade de concursos.

Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), voltou a defender mais contratações para o banco. “Reconhecemos os esforços das últimas contratações, mas precisamos de mais empregados para diminuir a sobrecarga de trabalho e oferecer um melhor atendimento para a população”, afirmou.

De acordo com o balanço, a Caixa encerrou o 3º trimestre deste ano com 87.053 empregados, com redução de 168 postos de trabalho em doze meses. Quanto ao número de clientes, o banco registrou aumento de 1,4 milhão em um ano. Houve redução de uma agência, cinco postos de atendimento, 259 correspondentes Caixa Aqui e de 61 lotéricos em relação ao mesmo período de 2022. 

Mais crédito 

O lucro líquido recorrente (que exclui efeitos extraordinários do resultado) teve um incremento de 8,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo análise do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), este aumento se refere à receitas não recorrentes (R$ 443,0 milhões) no terceiro trimestre de 2022, provenientes do desreconhecimento de obrigações com Instrumentos Híbridos de Capital e Débito (IHCD).

Entre os destaques financeiros está a carteira de crédito, que atingiu R$ 1,1 trilhão, representando um aumento de aumento de 2,8% no trimestre. A carteira imobiliária cresceu 14,6% em doze meses e atingiu o saldo de R$ 707,9 bilhões e participação de 68,8% no mercado de crédito imobiliário do país (crescimento de 2,6 p.p. em um ano). De janeiro a setembro deste ano, foram contratados R$ 136,9 bilhões em crédito habitacional, valor 10,3% maior que o obtido no mesmo período de 2022. 

Minha Casa, Minha Vida

Para Sergio Takemoto o destaque vai para a consolidação da retomada do papel social do banco com o retorno dos investimentos para a Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, voltado para famílias com renda mensal de até R$ 2.640,00. De acordo com a Caixa, foram recebidas 3,4 mil propostas de empreendimentos para esta faixa, que vão permitir a produção de 380 mil unidades habitacionais. A Expectativa é de investimentos de R$ 9,5 bilhões. 

“De maneira cruel os investimentos para esta faixa foram interrompidos durante o governo Bolsonaro [PL]. O governo e a Caixa voltam a priorizar esta população, confirmando a importância do banco no desenvolvimento social do país e o olhar atento à população mais vulnerável”, observou Takemoto. 

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Fenae.

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