Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Indicado pelo Centrão, o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira Fernandes assumiu a presidência da empresa nesta quinta-feira (9). Apadrinhado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Vieira substituiu Rita Serrano, que acabou sendo demitida pelo presidente Lula. Rita não compareceu à solenidade de posse. 

Na posse, o novo presidente da estatal levantou a possibilidade de trocar toda a cúpula do banco, inclusive a vice-presidência, também almejada pelo Centrão.

“Eventuais mudanças fazem parte de um processo dinâmico das democracias em busca de governabilidade”, declarou Vieira.

"Quanto mais pessoas se agreguem ao aspecto da liderança do Executivo, melhor. Esse é um processo dinâmico. Isso faz parte de um processo dinâmico em todas as democracias. Eu não vejo estranhamento nesse processo porque ela não é pela primeira vez que acontece em uma organização como a Caixa.  É uma dinâmica normal das relações entre o executivo e o legislativo”, acrescentou.

Demandas dos empregados

O movimento sindical, que quer um diálogo franco e transparente com a nova direção da Caixa, para que sejam atendidas as demandas dos empregados, espera que o banco comece mostrando que irá valorizar o caráter público da instituição, garantindo condições para que os bancários tenham seus direitos no Saúde Caixa preservados. O tema é pauta de uma segunda reunião que acontece nesta quinta-feira (9), entre os membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a direção do banco. Os sindicatos criticaram a demissão de Rita Serrano e o uso da Caixa como “moeda de troca” para o governo federal atender ao “apetite” do Centrão por cargos públicos.