Terça, 31 Outubro 2023 16:21

Pressão faz a Caixa voltar a discutir plano de saúde dos empregados

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

A pressão das mobilizações dos empregados, sobretudo o movimento nacional da última segunda-feira (30/10), fez a diretoria da Caixa Econômica Federal retornar à mesa de negociações para discutir saídas para o Saúde Caixa. O encontro entre representantes do banco e dirigentes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Comando Nacional dos Bancários, foi marcado para esta quarta-feira (1º/11), às 11h30, em Brasília.

O principal impasse está sendo causado pelo teto de 6,5% da folha de pagamentos para o custeio do plano de saúde, imposto ainda no governo Michel Temer. Mantido este percentual, segundo as projeções da assessoria atuarial da Caixa, o plano se tornará inviável economicamente para os usuários. Por isto, o foco da negociação por parte dos empregados é a revogação do teto que, mantido, impedirá que a Caixa cubra os 70% dos custos do Saúde Caixa, como está previsto no acordo coletivo específico.

Pressão

Numa entrevista ao site da Contraf-CUT, a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, falou do risco que correm os empregados. Acrescentou que para a superação do impasse será preciso manter a pressão.

“Se a gente não conseguir avançar nas negociações o plano se tornará inviável, porque colegas vão sair e quem ficar terá que suportar os aumentos dos custos. Precisamos destravar as negociações para conseguirmos avançar. Por isso, temos que manter a mobilização”, disse.

“O nosso debate, em mesa de negociação, precisa ir além do modelo de custeio. Precisamos falar sobre a melhoria da qualidade do plano e a descentralização para credenciamento de novos profissionais de saúde, clínicas e hospitais para atender os colegas de diversas cidades e regiões que não conseguem ter atendimento”, completou.

*Com informações da Assessoria da Comunicação da Contraf-CUT.

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