Terça, 17 Outubro 2023 14:12
VAMOS FALAR DE ASSÉDIO?

Pesquisa sobre assédio visa melhorar condições de saúde e de trabalho na Caixa

Organizada pela Fenae e Apcefs, enquete faz parte de campanha para prevenção e combate a todas as formas de assédio na empresa
Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e Presidente da Apcef/RJ, Paulio Matileti convoca os empregados e empregadas da Caixa a participarem da pesquisa sobre assédio na empresa Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e Presidente da Apcef/RJ, Paulio Matileti convoca os empregados e empregadas da Caixa a participarem da pesquisa sobre assédio na empresa Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

 

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) lançaram uma pesquisa que faz parte da campanha “Vamos falar de assédio?”. O objetivo é conscientizar os empregados da Caixa Econômica Federal sobre a prevenção e o combate a todas as formas de assédio. 

“O objetivo desta campanha é levantar dados para os sindicatos cobrarem da direção da Caixa mudanças na forma de gestão de metas, que inclui a prática de assédio moral para evitar e combater toda a forma de violência psicológica, inclusive o assédio sexual”, destaca o diretor do Sindicato do Rio e presidente da Apcef-RJ, Paulo Matileti.

“Seis em cada 10 empregados da Caixa relataram já ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. As entidades representativas têm cobrado a punição dos responsáveis e medidas de prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual no banco”, disse Sergio Takemoto, presidente da Fenae.
Participar da pesquisa é fácil e seguro. As respostas serão usadas apenas para orientar ações de melhoria das relações e condições de trabalho na Caixa e gerenciadas com absoluta confidencialidade, mantendo os dados não identificáveis em qualquer relatório.
A consultora da Fenae para realização da pesquisa e mestre em políticas públicas e especialista em direitos humanos, Scarlett Rodrigues, considera que cada vez mais a pauta do assédio tem estado presente nas empresas, mas ainda de forma tardia. “O tema só entra como prioridade a ser discutido e endereçado quando algum comportamento grave que foi denunciado ganha proporções maiores na mídia e na sociedade”, ressalta.

Silêncio é arma do assediador

Causou grande repercussão no país o caso de denúncias de assédio moral e sexual feitas por empregadas da Caixa contra o então presidente do banco, Pedro Guimarães, durante a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL).

Bancárias que trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete de Guimarães, relataram toques em partes íntimas sem consentimento, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos.

“As maiores armas do assediador são o medo e o silêncio. As denúncias feitas pelas bancárias da Caixa fizeram com a sociedade e a Justiça tomassem conhecimento dessas práticas abomináveis e que precisam ter fim. Essa pesquisa é importante para combatermos todo o tipo de assédio, por isso convocamos todos os empregados e empregadas a participarem desta campanha”, Conclui Matileti.

 

Clique no link abaixo e acesse o formulário da pesquisa

https://www.sphinxnaweb.com/surveyserver/s/acerte/pesquisa_fenae/pesquisafenae.htm

 

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