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Imprensa SeebRio
Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa, nesta terça-feira (15/8), os representantes do banco concordaram em apresentar informações detalhadas sobre o plano. A reivindicação foi feita pelas entidades dos empregados a fim de que possam ser definidas no GT propostas sobre o custeio, a gestão e a melhoria dos serviços prestados aos associados.
Os representantes da Caixa abriram o encontro dando a entender que as rodadas no GT seriam encerradas, passando as decisões sobre o plano a serem negociadas na Mesa Permanente, com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). No entanto, acabaram concordando que o GT ainda não tinha cumprido seus objetivos e que era possível chegar a propostas comuns que, aí sim, seriam encaminhadas à Mesa, sendo imprescindível, no entanto, que fossem trazidas informações pormenorizadas sobre o Saúde Caixa.
“O que estamos cobrando é que o banco nos traga informações detalhadas para que possamos analisar os dados com profundidade e propor soluções para o plano. O plano diz respeito à saúde dos empregados, sendo, portanto, uma questão muito importante. Mas, o que tudo indica, é que a Caixa não está encarando desta forma, não só deixando de trazer dados precisos e relevantes, como tendo feito reuniões do GT muito curtas e pouco proveitosas”, avaliou Sérgio Amorim, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, integrante da bancada dos empregados no GT.
“Dissemos que não havia possibilidade de fazermos uma análise criteriosa, muito menos propostas sobre custeio, gestão e serviços se não tivermos acesso aos dados. E eles concordaram, se comprometendo a trazer as informações na próxima reunião”, explicou o dirigente. A Caixa disse que faria o agendamento das próximas reuniões do GT.
Teto e terceirização
Os representantes dos empregados voltaram a cobrar o fim do teto de 6,5% de participação do banco no plano, previsto no estatuto. Argumentaram que não é possível falar em equilíbrio de contas sem que isto tenha sido modificado. Da Caixa foram cobradas, ainda, explicações sobre a terceirização da gestão do Saúde Caixa através de auditorias privadas, o que foi descoberto recentemente, como um plano posto em prática em 2022.
“Os representantes do banco se resumiram a nos dizer que não era intenção da Caixa terceirizar a gestão do plano”, contou Sérgio Amorim. A informação de que, há dois anos, a ampliação dos serviços de empresas de auditoria do Saúde Caixa está sendo estudada foi passada após questionamentos da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), durante a última reunião do GT, ocorrida em 11 de agosto.
A medida amplia a atuação de trabalhadores terceirizados no plano de saúde e pode colocar em risco os empregos de concursados que atuam na Centralizadora Nacional Saúde Caixa (Cesad).
“Ficamos preocupados com a informação de que faz dois anos que há um estudo sendo realizado para a contratação de serviços de auditoria médica, com novo escopo. Como o assunto não havia sido anteriormente tratado em qualquer um dos nossos fóruns com a Caixa, como o GT, Conselho de Usuários ou mesa permanente, fomos buscar os documentos, e o que encontramos é preocupante”, disse a coordenadora da CEE da Caixa Econômica Federal, Fabiana Uehara Proscholdt.
Os empregados cobraram, ainda, a volta das Gipes (representações estaduais do Saúde Caixa), extintas no governo passado. “Eles ficaram de ouvir a diretoria do banco e nos dar um retorno”, disse Sérgio Amorim.