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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Que as mudanças naquilo que diga respeito aos empregados sejam debatidas com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). Esta foi a principal cobrança feita pela representação dos trabalhadores à Caixa Econômica Federal, em reunião nesta quinta-feira (27). O encontro foi sobre o Plano de Funções Gratificadas (PFG), sendo marcada por reivindicações da comissão sobre pautas ainda não resolvidas pela Caixa.
Logo na abertura, a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, fez críticas à postura do banco em divulgar mudanças que impactam o trabalho dos empregados sem discussão com a comissão. “Mesa de negociação não é informe. O propósito é debater e construir coletivamente os assuntos que afetam os empregados”, ressaltou.
PFG é excludente
Durante a discussão sobre o Plano de Funções Gratificadas (PFG), o banco ouviu as recomendações dos representantes dos empregados. Para Fabiana Proscholdt, a Caixa precisa debater o PFG integralmente e tornar a rede mais atrativa para os empregados, com funções que valorizem as características individuais de cada um. Uma das possibilidades, destacou a coordenadora, é a carreira em Y, cujo objetivo é permitir que o empregado cresça na empresa também em papéis técnicos e não apenas de gestão.
“O PFG, hoje, é excludente. Nossa empresa tem diversidades e tudo gira em torno de perfil padrão. Temos pessoas com deficiência, neurodivergentes e outras com habilidades específicas que deveriam ser valorizadas. Mas infelizmente ficam na dependência de um gestor mais humano que enxergue o potencial dos empregados em toda sua diversidade para que tenham oportunidade de ascensão”, observou a coordenadora.
Qualificar os gestores
O representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate, confirmou o que foi dito por Fabiana. “Nossos gestores precisam aprender a lidar com a diversidade. E para isso, são necessários cursos presenciais para que desenvolvam essas habilidades”, acrescentou.
Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, o encarreiramento do banco não oferece oportunidades de reconhecimento para profissionais técnicos bancários, por exemplo. “Queremos que nossos colegas sejam valorizados. Por exemplo, hoje não há nenhuma atratividade para permanecer nas agências. E os colegas que estão na rede precisam ser valorizados porque são a cara da Caixa por desempenharem a função mais social do banco no atendimento à população, logo é importante ter possibilidades de encarreiramento dentro do seu perfil e que nem sempre é gerencial”, frisou Fabiana Proscholdt.
Corrigir distorções
A comissão também informou que é necessário corrigir algumas distorções do PFG que existem hoje, a exemplo do Gerente de Varejo, onde o empregado tem muitas atribuições, inclusive carteira, e não recebe como um gerente de carteira. Os gerentes corporativos (GCN2) não recebem pelo porte de unidade, enquanto os superintendentes da mesma área fazem jus à verba. Eles fazem o relacionamento com cliente da mesma forma que os empregados da rede física e percebem discriminação de tratamento. “São muitas inconformidades que precisam ser revistas. Essas são só algumas amostras e só reforça o descontentamento dos bancários”, lembrou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-BA-SE), Emanoel Souza de Jesus.
*Com informações da Contraf-CUT.