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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Uma das principais propostas aprovadas no Seminário Estadual sobre o Saúde Caixa, realizado no último sábado, virtualmente, foi o fim do teto de contribuição da Caixa Econômica Federal (CEF) para o plano de saúde, com o retorno do modelo de custeio 70/30, somente das despesas assistenciais. O evento foi organizado pela Federação Estadual das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro (Federa-RJ).
Todas as propostas serão levadas para debate no Seminário Nacional, que acontece no próximo dia 22 de julho e encaminhadas às discussões com o banco sobre a acordo aditivo referente ao Saúde Caixa que vence este ano, se configurando como um dos principais problemas que afetam o pessoal da Caixa.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, o seminário mostrou o vigor do movimento dos empregados da Caixa. “A unanimidade do encontro foi a defesa de melhorias no custeio do plano com uma maior participação da empresa e que haja melhoria na rede de atendimento”, sintetizou.
(Veja o conjunto das propostas aprovadas no seminário estadual, no final da matéria).
Além dos pontos aprovados, foram eleitos os delegados que representarão o Rio de Janeiro no seminário nacional. O presidente do Sindicato dos Bancários de Teresópolis, Claudio Mello, representou a Federação, e parabenizou a organização do encontro feito pelo diretor do Sindicato, Rogério Campanate, membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), e mostrou preocupação para propor soluções para resolver o problema do plano de saúde.
“É necessário que todos os trabalhadores e funcionários da Caixa façam esse debate para chegar num acordo que seja benéfico para todos”, afirmou Cláudio Mello. Participaram, da mesa de trabalho do seminário, também, a presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso e o representante dos empregados no GT Saúde Caixa, Sérgio Amorim.
Abertura
O médico Albucacis de Castro, especialista em clínica médica, terapia ocupacional e assessor da CEE, fez a palestra de abertura do evento, em que falou sobre a experiência da última negociação do Saúde Caixa. Chamou a atenção para a importância da participação para o sucesso da negociação.
“Precisamos redescobrir o caminho para a mobilização de nossas bases. Não basta ser virtual e fora de horário de expediente para que a participação aconteça, precisamos retornar às bases. Mas como fazer esse trabalho com a mão-de-obra escassa que nós temos?”, indagou. Castro avaliou que os delegados sindicais são importantíssimos como forma de organização por local de trabalho. “Precisamos avançar no quantitativo de delegados. E no qualitativo, já que muitos dos atuais não estão participando hoje”, afirmou.
Principais propostas aprovadas
Custeio
Fim do teto de contribuição para a Caixa, com o retorno do modelo de custeio 70/30, somente das despesas assistenciais;
Eliminação da 13ª mensalidade, com o fornecimento de todos os dados solicitados por consultoria contratadas pelas entidades representativas dos empregados com recursos da reserva, para elaboração de análise atuarial a fim de avaliar as reais necessidades financeiras do plano;
Discussão sobre a aplicação do valor dos superávits anuais acumulados, cuja proposta final será aprovada pelos titulares em assembleia;
Atendimento
Recriação de representações locais (no mínimo uma por estado) do Saúde Caixa, para a descentralização da gestão no que for necessário, inclusive com equipe de empregados Caixa para atendimento presencial aos usuários, em especial, aposentados;
Restabelecimento do processo de credenciamento nos estados, preferencialmente por meio de representações;
Recriação de comitês de acompanhamento do Saúde Caixa, com a produção de materiais promocionais e cartilha com histórico e orientações sobre o plano, com recursos da reserva.