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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
O movimento sindical bancário cobra o desfecho dos processos criminal e trabalhista contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Braço direito e amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o então executivo da estatal é acusado de assédio sexual e moral por diversas funcionárias e funcionárias. Após um ano após das denúncias contra Guimarães, o caso ainda não tem uma definição.
A Caixa chegou a fazer um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para reduzir a indenização que a ela foi imputada. Os sindicatos querem que o suposto autor dos crimes seja punido pela Justiça.
“O ônus da penalidade não pode ficar somente com a empresa, que é bancada pela sociedade. O acusado, se comprovado pela Justiça, tem que ser punido também”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e presidente da Apcef-RJ (Associação do Pessoal da Caixa), Paulo Matileti.
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, também defende que seja feita justiça no caso de possíveis assédios sexual e moral.
“Que a justiça seja feita e que haja punição dos culpados. Essa é a expectativa de todos os empregados”, disse.
“A punição é fundamental para que novos casos não venham a ocorrer na Caixa”, acrescentou Matileti.
A direção do banco se comprometeu a De acordo com reportagem veiculada no jornal Folha de S. Paulo, em acordo com o MPT, a Caixa se comprometeu a: receber e encaminhar as denúncias dos funcionários em até 30 dias, concluir as investigações internas em até seis meses e facilitar o recebimento de denúncias.
O caso de Guimarães não é o único de sua gestão marcada pela pressão, assédio moral e sexual. A Caixa ainda enfrenta outros processos. No mês passado, o banco foi condenado a pagar R$ 3,5 milhões pelo episódio de 2021 em que o ex-presidente da estatal coagiu funcionários a fazerem flexões num evento público.
Novos tempos
Para o presidente da Fenae, a nova direção da Caixa tem sinalizado com mudanças em relação ao assédio moral, reabrindo o diálogo com os trabalhadores na busca de um ambiente de trabalho mais saudável em que os empregados participem das discussões de uma solução para o problema.
“Precisa haver a participação e acompanhamento pelos empregados e por suas entidades de representação na formulação e implementação das medidas e programas de combate ao assédio moral e sexual no banco”, completou Takemoto.