O Sindicato dos Bancários do Rio realizou mais um protesto, desta vez na agência São Cristóvão (0279), que teve a sua abertura retardada na última quinta-feira (1/12). A atividade faz parte da campanha do coletivo de sindicalistas do banco contra o fechamento de agências e demissões em massa. Somente na capital fluminense já são cerca de 350 funcionários dispensados.
“Nossa luta vai continuar em defesa do emprego da categoria e contra a sobrecarga de trabalho gerada pela demissão de centenas de bancários, em função do fechamento de unidades físicas. A situação aumenta o estresse dos funcionários e as doenças ocupacionais e é um desrespeito também com os clientes”, explica o diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz. O banco tem se negado a fazer o atendimento presencial e vem forçando os usuários a buscarem as plataformas digitais ou correspondentes bancários para pagar as contas.
“Quem mais é afetado com essa política do Bradesco são as pessoas pobres e idosos, que têm dificuldade de acesso aos meios digitais”, critica Geraldo.
Os sindicalistas criticaram ainda a falta de segurança, especialmente nas agências de negócios, que não possuem porta giratória e nem vigilantes.

Bancários adoecidos

Além do aumento das filas em função da extinção de agências, os bancários denunciam a pressão e o assédio moral cada vez maiores para atingimento de metas desumanas.
“A situação no banco está insustentável. O número de denúncias de bancários é cada vez maior. A categoria está adoecendo e vive a incerteza se continuará em seu emprego em função das ameaças de gestores”, destacou o diretor do Sindicato, Wanderlei Souza.
O Bradesco teve um lucro líquido contábil de R$ 19,29 bilhões nos primeiros nove meses de 2022. O resultado representa uma alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2021. No entanto, a holding fechou 240 agências, enquanto foram abertas 29 unidades de negócio.