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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quinta-feira, 4 de agosto, mais um ato em defesa do direito dos clientes e da população ao atendimento presencial nas agências do Bradesco. Desta vez a manifestação ocorreu na agência da Rua Augusto de Vasconcelos, 244, Campo Grande (0552).
População apoia
Os sindicalistas contaram com o apoio popular e explicaram que a piora no atendimento tem como causa o fechamento de unidades físicas e às demissões em massa promovidos pelo banco.
“O Bradesco está obrigando os funcionários a empurrarem os usuários aos correspondentes bancários e plataformas digitais. Nossas caravanas fazem parte da campanha salarial 2022, mas não lutamos apenas pelos empregos, melhores salários e condições de trabalho. Defendemos o direito do consumidor de pagar suas contas nas unidades físicas”, disse o diretor do Sindicato, Leuver Ludolff, representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Demissões não param
Como nas atividades anteriores, houve o retardamento na abertura da agência.
“Nos reunimos com os funcionários, recolhemos assinaturas dos clientes em nosso abaixo assinado exigindo atendimento e mostramos aos bancários que, garantir o atendimento à população mas unidades físicas ajuda a proteger os empregos da categoria porque as instituições financeiras terão de contratar mais empregados em vez de demitir trabalhadores”, explicou o diretor do Sindicato, Geraldo Ferraz.
Somente no Rio, este ano, o Bradesco já demitiu 247 demissões e o número continua aumentando, o que gera insegurança e medo nos funcionários.
“As metas estão adoecendo os bancários que sofrem todo o tipo de pressão psicológica me assédio moral”, denuncia Geraldo.
Bancários adoecidos
Como se não bastasse o grande número de empregados com LER/Dort – a categoria sofre 1505 mais o problema do que a população de um modo geral no Brasil – as doenças psíquicas hoje já são as maiores causadoras do adoecimento entre bancários.
De 2012 a 2021, mais de 40 mil bancários (42.138) tiveram o direito ao benefício acidentário reconhecido pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
Dados do INSS revelam que, apesar de representar 1% do emprego formal no Brasil, a categoria bancária soma 24% dos afastamentos por doenças mentais no país. Segundo a última consulta nacional da categoria, 35,5% dos bancários fazem uso de medicamentos controlados, como antidepressivo, ansiolítico ou estimulante.
“O Bradesco demite, assedia por metas e presta um péssimo atendimento aos clientes e a população. Se recusa a atender no guichê de caixa forçando o cliente a se auto atender ou ir aos correspondentes bancário. E o bancário que está na linha frente do atendimento está sobrecarregado com o fechamento de outras agências e ainda sofre com a pressão por metas cada vez mais desumanas”, conclui Leuver.
Após o protesto, o Sindicato percorreu o bairro em caravana para denunciar a política dos bancos privados de demitir e explorar funcionários e desrespeitar clientes e usuários.