O banco Bradesco informou nesta terça-feira (8) que registrou lucro líquido contábil de R$ 21,945 bilhões em 2021, uma alta de 32% em relação a 2020 (R$ 16,546 bilhões).
Atendendo a solicitação dos sindicatos, o banco anunciou que vai antecipar a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no próximo dia 11 de fevereiro, pagando o valor pelo teto.
Os acionistas receberão R$4 bilhões de bonificação.
"É importante que os bancários e bancárias do Bradesco entendam que a PLR é uma conquista da luta coletiva da categoria e do movimento sindical. Os bancários foram os primeiros a garantir este direito, previsto em nossa Convenção Coletiva de Trabalho, que tem alcance nacional", afirma o diretor do Sindicato do Rio, Leuver Luldoff, que é também membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).

Críticas ao rentismo

Leuver criticou ainda o modelo econômico rentista no Brasil, que beneficia banqueiros e especuladores em detrimento da produção e do trabalho. 
"É uma realidade absurda e única no mundo. Em plena pandemia, com a indústria, o comércio e todo o setor produtivo quebrando e o sistema financeiro batendo recordes de lucro. Chama a atenção também o fato de que somente em nosso país não é cobrado um centavo de lucros e dividindo dos grandes acionistas, que no caso do Bradesco vão receber R$4 bilhões. Enquanto isso a classe média é sobrecarregada com uma tributação de mais de 27% de seu salário e o povo paga o imposto mais caro do mundo sobre o consumo", explica.