Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Bradesco, assim como os demais bancos privados, não para de demitir funcionários em plena crise da pandemia. Mas se o banco dispensa bancários, o Departamento Jurídico do Sindicato do Rio reintegra com antecipações de tutela, na Justiça Trabalhista.

Direitos garantidos

A decisão do desembargador Ângelo Galvão Zamorano, da 23ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, garantiu o vínculo empregatício e todos os direitos da bancária Rosângela Dias Siqueira, portadora de LER/Dort e de doenças psiquiátricas decorrente de sua atividade profissional. A funcionária faz parte do crescente número de bancários adoecidos em função da sobrecarga de trabalho, pressão por metas e assédio moral impostos pelos bancos.

“O Bradesco e sua política cruel de demissões já não é novidade, porém, o Departamento Jurídico em parceria com a Secretaria de Saúde do Sindicato tem travado duras batalhas jurídicas contra o banco, que dispensa pais e mães de família em plena Pandemia da Covid-19”, explica o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes.

Acordo não cumprido

Mais uma vez, o magistrado tomou uma decisão favorável ao trabalhador em função de os bancos não cumprirem o acordo firmado com a categoria de não demitir durante este período de grave crise sanitária.

Os advogados do Sindicato, André Henrique Raphael e Manuela Martins estiveram a frente da ação judicial vitoriosa.

“A maioria dos bancários relatam que após serem demitidos são logo procurados por vários escritórios de advocacia. Não sei como isso acontece, só sei que diferentes escritórios particulares fazem isso por interesses financeiros. O objetivo das ações do Sindicato é exclusivamente o de reestabelecer o emprego da categoria. É lógico que os bancários têm outras ações que podem e devem ser reivindicadas, mas nós temos prioridades que não são somente financeiras", afirma a diretora do Departamento Jurídico do Sindicato e presidenta da Federa-RJ (Federação das Bancárias e Bancários do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso.