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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Fonte: Contraf-CUT
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco na sexta-feira passada (50, para debater a pauta de reivindicações específicas dos funcionários do banco. Emprego, saúde e segurança são os principais pontos debatidos na mesa de negociação e fazem parte dos itens aprovados no Encontro Nacional dos bancários do Bradesco, realizado em agosto deste não. Nesta semana, o banco promete enviar uma proposta de calendário de negociação da minuta específica. Confira abaixo os temas das negociações:
Teletrabalho – O Bradesco encerrou o rodízio de teletrabalho na rede de agências no último dia 4 de outubro. Com base no resultado da 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária organizado pela Contraf-CUÇT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), o Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) está preparando um relatório que inclui a situação sobre o tema no Bradesco. Os bancários consideram necessário rever o acordo de teletrabalho que foi assinado em 2020.
Planos de Saúde – Foram retomadas ainda várias questões a respeito dos planos de saúde, que haviam sido interrompidas em função da pandemia da Covid-19, como a ampliação dos planos Saúde e Dental. Na ocasião, antes do lockdown, o banco pediu 90 dias para buscar soluções. A COE e os sindicatos pediram a retomada das negociações sobre o trema, para rever os problemas com a rede credenciada.
Igualdade de oportunidades – Os sindicalistas reivindicaram também sobre a necessidade de o banco apresentar propostas para a questão da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, brancos e negros, inclusive sobre distorções salariais em função do gênero ou raça. .
Reestruturação – Outro tema que p4reocupa os bancários é o programa de reestruturação em andamento no banco, com demissões em massa, em função da transformação de agências em Unidades de Negócio (UN), que não possuem caixas, ficando apenas com atendimento automatizado. Estas agências possuem o agravante de não possuírem portas giratórios e nem vigilantes suficientes, colocando em risco a vida dos funcionários e clientes.
“De janeiro a outubro, já são mais de 3 mil dispensas em todo o país. Em um ano, até setembro de 2021, o Bradesco fechou cerca de mil agências físicas, cortando mais de 8.100 postos de trabalho.
“Além de ser um desrespeito com os clientes, o Bradesco sobrecarrega os funcionários que continuam trabalhando nas agências, com a redução de unidades físicas e de postos de trabalho”, avalia o diretor do Sindicato do Rio e membro da COE, Leuver Ludolff.
Mais demissões - Os representantes do banco tiveram a cara de pau de dizer que os os desligamentos são de empregados “que estão pedindo demissão para trabalhar em outras áreas, indústrias, ou abrir negócio próprio”.
“Esta afirmação não é verdadeira. Muito pelo contrário, o banco está frustrando ao demitir trabalhadores que tinham a expectativa de fazer carreira no Bradesco”, acrescenta Leuver.
O movimento sindical cobra explicações coerentes para o fechamento de agências e as demissões.
“O Bradesco lucrou R$6,77 bilhões nio terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 34,5% no período, o segundo melhor resultado da história. Só este ano, foram dispensados na base do município do Rio de Janeiro, 386 trabalhadores”, conclui o sindicalista.