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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,834 bilhões, no 1º semestre de 2021, alta de 68,3% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado impressiona ao lembrar que o período é o mesmo da segunda fase da pandemia do coronavírus (Covid-19). Chama ainda mais atenção o fato de o banco ter fechado 9.425 postos de trabalho em doze meses, mesmo com o aumento do número de casos e, principalmente, de mortes.
“Esses números deixam claro que o que importa para o banco é o lucro. Eles não têm a menor preocupação com a saúde, vida ou família dos trabalhadores. É uma completa falta de responsabilidade social”, lamentou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
Outro dado assustador é o de fechamento de agências, foram 999 em doze meses, com a abertura de 601 unidades de negócios, totalizando 3.168 agências e 877 unidades de negócio. “As unidades de negócios só são boas para o banco. Elas têm menos funcionários e nenhuma vigilância. Muitos trabalhadores perderam o emprego por essa mudança e os que ficaram correm sérios riscos de segurança”, completou a coordenadora da COE. O assunto foi um dos principais pontos do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta terça-feira (3), de forma virtual.
Os clientes também são diretamente atingidos com as mudanças realizadas pelo Bradesco. Não bastasse a óbvia piora no atendimento, com a diminuição de funcionários, e a dificuldade de encontrar agências, com o fechamento de tantos pontos, eles também têm de pagar mais por tudo isso. O relatório do próprio banco justifica o crescimento observado no resultado, em relação ao 1º semestre de 2020, em “função de diversos fatores, tais como maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com PDD”.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 3,4% em doze meses, totalizando R$ 13,344 bilhões. As despesas de pessoal considerando a PLR teve leve crescimento de 0,8%, somando R$ 9,632 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco aumentou para 138,5% no período.
Leia aqui os destaques feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em cima do balanço oficial do banco.