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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Para aumentar ainda mais seu lucro, o Bradesco vem substituindo as agências pelas chamadas unidades de negócio. Com isto, corta custos, com uma estrutura física menor, segundo o banco, destinada apenas a consultorias e venda de produtos, sem caixas humanos, nem vigilantes ou portas de segurança. A mudança vem gerando sérios problemas de segurança, já que por pressão dos clientes, está havendo movimentação de numerário; e, também, a lei está sendo desrespeitada porque os bancos são concessões públicas e, como tal, obrigados a fazer operações para o público.
A questão foi tratada na mesa sobre segurança no trabalho, durante o Encontro Nacional dos Bancários do Bradesco. Elias Jordão, coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembrou que a instalação de portas giratórias no fim da década de 1990, início de 2000, gerou a redução significativa do número de ataques às agências. Outra conquista foi a proibição do manuseio de numerário pelos bancários, inclusive no abastecimento de caixas eletrônicos, deixando-os menos expostos.
“O que está acontecendo é que os clientes não entendem porque estas unidades não podem atendê-los como as agências. Uma bancária de Londrina foi agredida por isto. Há casos em que bancários acabam sendo obrigados a abastecer caixas eletrônicos. Ou seja, há circulação de numerário e é preciso dar segurança também aos clientes”, disse. Elias defendeu a abertura de negociações para reverter a substituição de agências por unidades de negócios. “Mas isto vai depender da mobilização”, argumentou.