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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Logo na abertura do Encontro Nacional dos Bancários do Bradesco, na manhã desta terça-feira (3/8), foi ressaltada a importância da categoria debater as eleições de 2022 e seus efeitos para a preservação de direitos e a conquista de avanços sociais. A primeira palestrante, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ao fazer a análise da conjuntura nacional sobre o tema “O Brasil que queremos”, mostrou ser fundamental entender que o governo Bolsonaro representa os interesses dos bancos e grandes grupos especulativos e tem agido para aprovar medidas que garantam mais lucro ao capital financeiro e a retirada de direitos dos bancários e demais trabalhadores.
Após o debate sobre conjuntura, fez palestra sobre Saúde do Trabalhador, Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT. Elias Jordão, falou sobre Segurança Bancária e unidade de Negócio. Ele é coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT.
Mudança é necessária
Juvandia ressaltou que vivemos um momento muito difícil, com um governo genocida que despreza a saúde e a vida da população tendo boicotado as medidas de prevenção à covid-19 e a contratação de vacinas, o que gerou o aumento do número de pessoas contaminas e mortas no Brasil. “Passamos por um golpe em 2016 que derrubou a presidenta Dilma Roussef e o projeto político que vinha sendo implementado desde o governo do presidente Lula que não interessava ao capital financeiro. Com o golpe, Michel Temer assumiu para agir em nome dos bancos e grandes empresas, dando início aos ataques aos direitos dos trabalhadores, política ampliada ainda mais por Bolsonaro”, lembrou.
Frisou que os ataques promovidos pelo atual governo, ao mesmo tempo que prejudicam a população, enriquecem ainda mais bancos e grandes empresas. “O governo investe na precarização de direitos para aumentar o lucro dos mais ricos. Não é à toa que grande parte dos empresários apoiam Bolsonaro”, argumentou. Acrescentou que a política econômica do atual governo tem como consequência a redução do poder de compra da população o que faz com que as empresas vendam seus produtos ao mercado externo, disparando a inflação, porque os preços passam a acompanhar os do mercado internacional.
Frisou que o governo, em plena pandemia, como vem mostrando a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, decidiu criar um esquema para superfaturar o preço das vacinas, em meio a mais de 560 mil vítimas da pandemia. “A descoberta deste esquema corrupto ampliou os protestos de rua pelo impeachment de Bolsonaro, do qual os bancários devem participar”, disse.
Afirmou ser fundamental a eleição de um presidente que reconhecidamente tenha uma política de defesa da população, do país, investindo na economia naciona e no desenvolvimento brasileiro. “É importante ampliar o debate sobre a eleição de Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) para melhorar a vida dos brasileiros e brasileiras. Mas também de parlamentares (senadores e deputados), porque são eles que vão aprovar as leis necessárias para defender nossos direitos. É importante que a categoria bancária e os demais trabalhadores façam este debate estratégico”, defendeu.
Classificou o principal apoiador de Bolsonaro, o capital financeiro, como um “câncer” que só pensa em quanto mais vai ganhar. “Os bancos vêm demitindo em massa por pura ganância para poderem lucrar ainda mais, sob o argumento da eficácia. E, mais recentemente, com as novas tecnologias e as Fintechs e BigTechs, o desemprego na categoria bancária aumentou ainda mais. Temos que reagir a isto, mas não só através da negociação, mas da mobilização e é isto o que temos que aprovar nestes encontros”, defendeu.
Programação
9h – Abertura
9h05 – Análise de Conjuntura: “O Brasil que queremos” – Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT
9h50 – Saúde do Trabalhador – Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT
10h40 – intervalo
11h – Segurança Bancária/ unidade de Negócio Elias Jordão, coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT
12h – almoço
13h30 – Balanço do banco
14h20 – Teletrabalho – Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco
15h – Apresentação proposta dos encontros estaduais/regional
17h – Encerramento