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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
No último dia 10, o Bradesco divulgou comunicado cobrando dos bancários o cumprimento ao protocolo de prevenção contra a contaminação do novo coronavírus. É preciso lembrar, no entanto, que o banco não vem fazendo a sua parte. Pelo contrário, estimula aglomerações e filas ao promover demissões e fechamento de agências, aumentando o risco de transmissão entre os bancários e também entre os clientes. É preciso assegurar o uso de máscara e disponibilizar álcool gel. O banco procura com toda esta omissão evitar custos com a pandemia, economizando com a saúde e a vida de bancários e correntistas para ter mais lucro ainda.
No documento, o Bradesco, em tom de ameaça, informa que fará o monitoramento em 16 agências escolhidas aleatoriamente. E sentencia que o resultado vai ser enviado por e-mail aos gestores da unidade que deverão analisar o conteúdo e ‘acionar a agência’.
Bradesco economiza com a vida
A diretora do Sindicato, Nanci Furtado, lembra que o Sindicato está monitorando as agências diariamente para saber se o Bradesco vem cumprindo a sua parte. “E, com este trabalho, verificamos que ele não vem fazendo isto. Não contrata mais funcionários para permitir um rodízio que mantenha a pessoa o menor número de dias possível no trabalho presencial para evitar ao máximo a transmissão, ao contrário, demite e fecha agências, promovendo mais filas e aglomerações com aumento do risco para bancários e clientes”, criticou.
Vírus mais resistente
Nanci lembrou que o banco economizou no serviço terceirizado de conservação e limpeza, sendo assim não realiza a sanitização (higienização mais profunda) sistemática dos equipamentos como seria correto, como teclados, inclusive os do autoatendimento, facilitando a transmissão da Covid-19. “Nosso ambiente de trabalho, fechado e com o manuseio de documentos e dinheiro, é propício à contaminação, ainda mais agora, no inverno, e com ar condicionado, o que dá ao vírus maior resistência, permanecendo vivo e infectando as pessoas por mais tempo”, alertou. A sindicalista orienta os funcionários a entrar em contato com o Sindicato para tirar dúvidas e alertar sobre atitudes indevidas por parte do banco, como assédio moral, e a usar máscara, álcool gel e manter o distanciamento.
Vacina
Nanci lembrou que o Bradesco também não moveu uma palha para pressionar os governos federal, dos estados e prefeituras para incluir a categoria bancária no grupo de prioridade para a vacinação contra a Covid-19. “A Contraf-CUT, federações e sindicatos é que se articulam e pressionam o poder executivo e legislativo neste sentido. Aqui no Rio de Janeiro, conseguimos que a Câmara dos Vereadores votasse a inclusão da nossa categoria como parte do grupo prioritário no calendário de vacinação da Prefeitura. Mas o Bradesco, que se mostra no documento aparentemente tão preocupado com a covid, nada fez para garantir a vacina”, disse. O projeto de lei 266, de autoria do vereador Reimont (PT) deverá ir à votação por estes dias.