O Judiciário continua condenando os bancos a reintegrar ao trabalho bancários demitidos tendo como base o compromisso firmado de não demissão durante a pandemia. Desta vez foi o Bradesco que por determinação do juiz Leonardo Saggese Fonseca, da 3ª Vara do Trabalho de Janeiro, teve que fazer retornar à agência Ceasa José Manuel Pereira da Silva, nesta segunda-feira (4/1).

Na sentença, o juiz lembra que a demissão em plena pandemia, com alto grau de desemprego e em desrespeito ao compromisso assumido afronta o princípio da dignidade humana. Reforçou a decisão o fato de ser portador de LER/Dort.

Os diretores do Sindicato, Sérgio Menezes e Arlensen Tadeu, acompanharam o bancário na reintegração feita na agência, em Irajá. Ao discursar para os clientes que se encontravam em uma fila enorme os diretores foram aplaudidos quando disseram que José Manuel estava de volta ao trabalho. “Isso mesmo, o banco está precisando de gente para atender, parabéns, seja bem-vindo”, gritavam os correntistas.

Sérgio Menezes lembrou que José Manuel tem 35 anos de banco, mas foi demitido sem um mínimo de respeito e humanidade, em plena pandemia. “A sentença de reintegração foi baseada no fato do Bradesco ter se comprometido em não demitir neste período. O banco não está cumprindo o acordo e o Jurídico está reintegrando os bancários demitidos em massa”, frisou.