Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou na manhã desta quinta-feira, 26 de novembro, mais uma paralisação em repúdio às demissões no Bradesco, que não param de acontecer na segunda maior instituição financeira privada do país, desta vez na agência Senador Dantas, na Cinelândia, Centro da cidade, num prédio de três andares onde funciona também a Regional.

O banco tem dispensado trabalhadores de licença médica, com doenças graves, como câncer, lúpus e HIV e câncer e em período de pré-aposentadoria, o que tem levado o Departamento Jurídico do Sindicato a conseguir seguidas vitórias de reintegração na Justiça.

“Eu me senti descartado como um lixo”, desabafou um dos 700 bancários demitidos, em São Paulo, em matéria publicada pelo sindicato paulistano.

Sensibilizar a sociedade

O diretor do Sindicato do Rio Leuver Ludoff, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) disse que o movimento sindical vai continuar denunciando a prática cruel dos bancos de demitir em plena pandemia, descumprindo acordo com a categoria.

“Demitiu, parou. Não vamos nos calar diante deste extermínio de empregos numa crise econômica sem precedentes para os trabalhadores, com o desemprego explodindo no país junto com o número de vítimas da pandemia e os bancos batendo recorde de lucros. É muito sujo o que Bradesco, Itaú e Santander estão fazendo com a categoria”, afirma.

“A recepção e solidariedade dos bancários com os colegas demitidos é extraordinária e as atividades do Sindicato têm recebido todo o apoio da categoria e a população tem reclamado muito conosco da piora no atendimento, consequência das demissões e fechamento de unidades físicas em todo o país”, explica o diretor da entidade sindical, Geraldo Ferraz.

Nas redes sociais, a campanha contra as demissões nos bancos continua entre os temas mais comentados no Twitter, um êxito sem precedentes na avaliação dos sindicalistas, por chamar a atenção e receber o apoio da sociedade contra a prática cruel do cartel dos bancos.