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A diretoria do Bradesco se comporta como se a maior crise sanitária mundial dos últimos tempos, a pandemia do novo coronavírus, não existisse. Não satisfeita em descumprir o compromisso de não demitir enquanto a doença não estivesse sob controle, tem dispensado bancários com mais de 25 anos de banco, mesmo tendo direito à estabilidade pré-aposentadoria garantida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada pela Fanaban com o Comando Nacional dos Bancários, válida para os que estão há dois anos de requerer o benefício.

O Sindicato tem conseguido a reintegração dos que estão nesta situação. Orienta, os que já têm o direito a comunicar o fato por escrito ao banco. Isto porque o Bradesco tem demitido e alegado não ter sido informado.

O banco age também de forma desumana, como se não houvesse mais pandemia, ao orientar gestores a intimar gerentes pessoa jurídica e pessoa física, em home office, ou trabalhando na agência, a visitar clientes em casa, expondo-os ao contágio. Ao mesmo tempo, demite funcionários que vão à agência, alegando desrespeito aos protocolos da covid-19 e ao código de ética do banco.

Nanci Furtado, diretora do Sindicato, criticou. "O Bradesco insiste em ignorar o drama que bancários e demais brasileiros vivem com o novo coronavírus que já contaminou 5 milhões de pessoas e matou mais de 166 mil só no Brasil. Demite em meio a esta situação dificílima, mesmo os que já estão gravemente doentes e os protegidos pela estabilidade. Parece não ter limites", afrmou. Frisou a importância dos bancários em estabilidade pré-aposentadoria fazerem o comunicado ao banco. "Este direito constante da CCT é uma conquista obtida com muita luta e tem que ser respeitado", disse.