Quinta, 19 Novembro 2020 16:44

Departamento Jurídico do Sindicato reintegra mais dois bancários demitidos pelo Bradesco

Agnaldo de Freitas Pinto e Antonio Edson Rampani, ambos do Bradesco, aliviados com suas reintegrações, ao lado dos diretores do Sindicato Nanci Furtado e Edelson Figueiredo (D) Agnaldo de Freitas Pinto e Antonio Edson Rampani, ambos do Bradesco, aliviados com suas reintegrações, ao lado dos diretores do Sindicato Nanci Furtado e Edelson Figueiredo (D)

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Todos os dias chegam levas de funcionários do Bradesco demitidos para homologação. O clima no banco é de incerteza e medo. Mas o Sindicato dos Bancários do Rio tem redobrado esforços na defesa dos empregos da categoria ante a crueldade da política de demissões em massa. E o trabalho diário das entidades sindicais não se limita às paralisações de agências, protestos, atos públicos, além de campanha nas redes sociais. O Departamento Jurídico do Sindicato tem reintegrado vários bancários dispensados ilegalmente. Os bancos não aliviam nem mesmo trabalhadores adoecidos, inclusive com doenças graves.

“A cada vitória na Justiça nós sentimos um alívio e uma alegria no coração porque a crueldade destes banqueiros não tem limites, ainda mais nestes casos em que o bancário sofre de uma grave doença. Temos conseguido êxito na Justiça e trabalhado muito para atender diariamente funcionários do Bradesco que perderam seu emprego, já que o Santander e o Itaú não estão homologando no Sindicato”, disse a diretora do Departamento Jurídico Cleyde Magno. O Jurídico inclusive disponibilizou plantões diários de advogados para atender a categoria.

Emprego de volta

O bancário Agnaldo de Freitas Pinto é vítima de uma doença grave desde 1995. Segundo decisão de reintegração tomada pela juíza da 59ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Débora Blaichman Bassan, a dispensa sem justa causa foi uma atitude discriminatória e ilegal por parte do Bradesco, concedendo o direito à reintegração de Agnaldo na última terça-feira, dia 17 de novembro, que teve de volta todos os seus direitos trabalhistas e benefícios.

Antonio Edson Rampani, também do Bradesco, teve a tutela de urgência reivindicada pelos advogados do Sindicato atendida pela Justiça, tendo sua reintegração garantida na última quarta-feira (18). A juíza Maria Alice de Andrade Novaes também alegou ato discriminatório do banco, reconhecendo a incapacidade do bancário para continuar trabalhando na agência. Além disso, outra ilegalidade cometida pela empresa no caso de Antonio é que o empregado foi dispensado no período de sua pré-aposentadoria. Os dois casos estiveram sob os cuidados da advogada do Sindicato, Manuela Martins. 

“Nossa luta contra as demissões não terá trégua enquanto os bancos continuarem demitindo em massa. Nada justifica o setor mais lucrativo do país dispensar trabalhadores, descumprindo acordo feito com a categoria de não demitir no período desta pandemia”, disse a diretora do Sindicato, Nanci Furtado.

 

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