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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Brasil está quebrado. Indústrias fechando, comércio falido, mais de 14 milhões de desempregados, 82 milhões endividados no SPC e a inflação de setembro de 0,64%, puxada pela alta da gasolina e alimentos, é a maior em 17 anos. A crise econômica se aprofunda e afeta todos. Quase todos: os bancos continuam elevando os lucros em plena estagnação econômica agravada pela pandemia da Covid-19. É o caso do Bradesco, que teve um lucro de R$5 bilhões no terceiro trimestre de 2020. O resultado representa uma alta de 30%.
Apesar da dinheirama, como acontece com Itaú e Santander, a segunda maior instituição financeira privada do país também demite em massa, descumprindo acordo com a categoria de não dispensar trabalhadores durante o período da pandemia.
“É uma vergonha que numa crise sanitária e econômica como a atual os bancos continuem demitindo em massa trabalhadores que dificilmente vão conseguir o reingresso no mercado de trabalho. O Bradesco já demitiu mais de 1.200 bancários e o numero de homologações não param de chegar aos sindicatos. A ganância e a crueldade dos banqueiros não tem limites. O Brasil precisa romper este cartel do sistema financeiro”, critica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Sérgio Menezes. O sindicalista lembra que muitas dispensas têm sido ilegal, como no caso de empregados em licença médica e no período de pré-aposentadoria.
“Nosso Departamento Jurídico tem orientado bancários e bancárias a buscar ajuda e para isso foi criado um plantão especial de advogados para atender a categoria. Nosso Sindicato tem feito um esforço redobrado para buscar as reintegrações e temos conseguido vitórias nestes casos de demissões ilegais”, acrescenta Serginho.