Terça, 13 Outubro 2020 21:36
QUEM VALORIZA, NÃO DEMITE

Bradesco nega pedido de cancelamento das demissões e Sindicato responde com protestos

Tuitaço na terça-feira (13) contra prática desumana ficou entre os temas mais comentados das redes sociais. Na quinta (15) tem Dia Nacional de Luta

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou na quinta-feira, dia 8 de outubro, um protesto contra as demissões no Bradesco. O banco é mais um que descumpre o acordo firmado com a categoria de não dispensar trabalhadores durante o período da pandemia do novo coronavírus, seguindo o mesmo caminho do Santander, Itaú, Mercantil e Safra.

Na agência da Rua Senador Dantas, no Centro, os bancários retardaram a abertura da unidade e realizaram uma manifestação na Cinelândia.

“Se há um setor que não tem justificativa para demitir trabalhadores é o sistema financeiro que continua ganhando muito dinheiro. É uma covardia o que estão fazendo com os bancários, pois uma demissão nesse momento de crise leva famílias inteiras a ficar sem ter como subsistir”, afirma o diretor do Sindicato Leuver Ludolff, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).

Reunião da COE

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) em reunião virtual na quinta-feira (8) com a direção do banco, solicitou o cancelamento das 427 demissões que já ocorreram no país e a suspensão de qualquer desligamento até o dia 31 de dezembro, pedido que foi negado pelo Bradesco. O banco descumpriu o acordo feito com a categoria de não demitir durante a pandemia do novo coronavírus. Bancários demitidos não param de chegar ao Sindicato e o número já é bem maior.

Na terça (13), o tuitaço contra as demissões, utilizando as hashtags #BradescoNãoDemita #BradescoPenseNoFuturo ficaram entre as mais comentadas nas redes sociais. Nesta quinta-feira (15) tem novo tuitaço e campanha no Dia Nacional de Luta unificado contra as dispensas no Bradesco, Itaú e Santander.

“Por trás da campanha publicitária milionária com o desenho animado dos Jetsons falando que o Bradesco se prepara para o futuro está uma prática desumana de lançar famílias inteiras ao drama do desemprego, usando a tecnologia para reduzir custos com mão de obra e aumentar ainda mais os lucros”, completa Leuver.  

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