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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco reivindica, com urgência, a abertura de negociações. Os bancários querem explicações sobre a matéria publicada na última quinta-feira, dia 30 de julho, pelo jornal Valor Econômico, informando que o Bradesco “deve fechar mais de 400 agências este ano” e uma declaração do próprio presidente do banco, Octávio de Lazari, de que “o ajuste na estrutura física do banco vai continuar de forma intensa em 2020 e 2021” e o “fechamento de agências deve se intensificar no segundo semestre deste ano” conforme o planejamento dos modelos de atendimento da segunda maior instituição financeira privada do país.
Segundo o texto, foram 414 unidades fechadas nos últimos 12 meses. Lazeri disse que “mais de 400 deverão ser extintas ou transformadas em unidades de negócios ainda neste ano”. “A pandemia acabou funcionando como um grande experimento para bancos e empresas ampliarem o trabalho em sistema de Home Office e vislumbrarem a possibilidade de reduzir custos com alugueis de imóveis e infraestrutura física, mas os trabalhadores não podem pagar com a perda de seus empregos para atender a ganância dos banqueiros por mais lucros”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Leuver Ludolff, que é membro da COE do Bradesco, e cobrou um canal de negociação com a direção do banco para tratar do tema.
No Município do Rio de Janeiro estariam na lista unidades que seriam fechadas ou transformadas em Postos de Atendimento Empresa, Serzedelo Correa, Cardeal Arco Verde, Prime Copacabana, Nova Copacabana e Constante Ramos, no bairro de Copacabana, além das agências da Rua do Catete e a da Rua Cupertino Durão, esta última no Leblon e no Centro a da Marechal Floriano, na Embratel. A decisão atinge ainda os municípios de Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Petrópolis (Itaipava), Cabo Frio, Resende, Macaé, Rio das Ostras e Barra do Piraí.
Denuncia
Outra questão que os sindicalistas vão cobrar é a revogação da suspensão do fornecimento de lanche anunciada para acontecer a partir da próxima segunda-feira, dia 3 de agosto nos departamentos e agências. O banco alega que o lanche é um “desperdício”.
O movimento sindical rebate a alegação e considera a decisão do Bradesco uma mesquinharia. Não é de hoje que os diretores do Sindicato Sérgio Menezes e Arlensen Tadeu denunciam o problema da extinção do lanche nas unidades do Rio de Janeiro.
A preocupação dos sindicalistas não é apenas com relação aos bancários, cujo tempo dedicado para comer será transformado em mais tempo de trabalho e exploração, mas também em relação aos terceirizados, que muitas vezes levam o lanche para casa para atender suas famílias.