EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu na quinta-feira, 4 de maio, com a direção do banco para cobrar a realização de testes laboratoriais para identificar a Covid-19 em todos os trabalhadores do banco. Os dirigentes sindicais reivindicaram ainda o fim da cobrança de metas durante a pandemia e cobraram explicações sobre o fechamento de agências, o que tem aumentado a sobrecarga de trabalho e as aglomerações nas unidades que continuam funcionando, elevando os riscos de contágio do Covid-19 pelos bancários.
Os bancários reafirmaram a necessidade para que a direção do banco oriente os gestores para que seja mantido o protocolo de ações a fim de garantir a saúde e a segurança dos funcionários, conforme acordado desde o início da pandemia. “Sindicatos de todo o país têm recebido denúncias da demora na aplicação das medidas necessárias para prevenção ao Covid-19 e para a proteção da vida e da saúde dos bancários assim como de pressão e assédio moral para atingir metas”, disse o diretor do Sindicato do Rio e membro do COE, Leuver Ludolff.
Testes já começaram
Os representantes do banco disseram que levarão a situação dos empregados do Bradesco para o comitê de crise do banco a fim de investigar as causas da demora na aplicação das medidas necessárias de prevenção ao novo coronavírus e garantiram que os funcionários colocados em quarentena têm recebido acompanhamento médico durante todo o período de isolamento. Os trabalhadores que apresentarem algum sintoma, serão encaminhados para fazer o teste que, já começaram em São Paulo e no Rio de Janeiro e, na semana que vem, serão realizados em Brasília. O banco assumiu ainda o compromisso de avisar à comissão dos empregados à medida que a testagem for sendo ampliada para as demais regiões do país. O Bradesco disse ainda que está trabalhando para estender os testes a todos os funcionários que estão trabalhando nas agências.
Fechamento de agências
Em relação ao fechamento de unidades, o banco alega que não há um fechamento significativo e sim a mudança para unidade de negócios e algumas incorporações, “sempre com o objetivo de preservar os empregos”.
“O que não pode é o Bradesco fechar agências de atendimento físico aos clientes e usuários e sobrecarregar os bancários que continuam trabalhando nas unidades que permanecem abertas, sobrecarregando e colocando estes funcionários em risco em função das aglomerações nos locais de trabalho”, alerta Leuver.
Cobrança de Metas
Outro problema que foi levado à reunião é a pressão para o cumprimento de metas. “Cobramos também o fim da cobrança de metas neste período da pandemia. O bancário, como qualquer pessoa, está aflito e com medo de contrair o vírus. Além do mais, estamos vivendo a maior crise da história do capitalismo que fizeram despencar os investimentos. O banco não pode colocar os lucros acima da vida”, acrescenta o sindicalista.
O banco alega que continua funcionando normalmente com a venda dos seus produtos, mas promete apurar as denúncias em relação aos excessos nas cobranças dos funcionários, pois não é essa a orientação da direção.
“A prioridade é a preservação da vida, mas também a manutenção dos empregos e oferecer condições de trabalho que traga paz e tranquilidade aos funcionários, especialmente num momento tão delicado, de calamidade pública”, completa Leuver.
Fonte: Contraf-CUT