Segunda, 13 Abril 2020 23:16

Sindicato pressiona e Bradesco fecha agências após morte e suspeitas por coronavírus

O Bradesco atendeu a solicitação do Sindicato e fechou as agências do Largo da Penha e outra na Barra da Tijuca após a morte do bancário Paulo Lencellote, vítima do Covid-19 O Bradesco atendeu a solicitação do Sindicato e fechou as agências do Largo da Penha e outra na Barra da Tijuca após a morte do bancário Paulo Lencellote, vítima do Covid-19

Após a morte do bancário Paulo Lancelotte, 54 anos, na última sexta-feira, 10 de abril, com sintomas de coronavírus, a presidente do Sindicato Adriana Nalesso entrou em contato com o Bradesco solicitando imediatamente o fechamento da agência Largo da Penha onde Paulo trabalhava para proteger a saúde e a vida dos demais funcionários, clientes e usuários. Foi pedido também o fechamento da unidade do Shopping Millenium na Barra da Tijuca onde trabalha uma filha de Lancellote. O banco atendeu a reivindicação do Sindicato. Não é de hoje que o movimento sindical vem cobrando da Fenaban o fechamento das unidades bancárias.
“A decisão do banco não poderia ser outra que não fosse o fechamento das agências. É necessário avaliar a saúde de todos os demais funcionários das duas unidades e dar toda a assistência. É inaceitável que a categoria continue perdendo vidas por causa da insistência da Fenaban em continuar mantendo as agências abertas. É preciso proteger as vidas em primeiro lugar”, disse Adriana Nalesso.
O Sindicato defende o atendimento apenas em casos de extrema necessidade e mesmo assim com agendamento para evitar aglomerações, fechando todas as demais agências.

Mais uma vítima

Paulo Lancellote era gerente do Bradesco da agência Penha, na região da Leopoldina do Rio de Janeiro. Ele fazia parte do grupo de risco, pois era diabético e havia voltado de férias no dia 1º de abril. Como não estava se sentindo bem teria entrado em contato com o programa Viva Bem do banco relatando sintomas do Covid-19 e teria sido orientado para fazer os exames a fim de obter o afastamento e receber acompanhamento médico. Mas a violência do vírus não deu tempo sequer para a conclusão dos exames. Paulo foi levado ao hospital às pressas na manhã da última sexta-feira, 10, pois o seu estado de saúde havia piorado e acabou não resistindo. É mais uma vida ceifada na categoria por conta da pior pandemia na história da humanidade.
O banco nega a informação de que o bancário tenha entrado em contato com o programa Viva Bem antes de sua morte.

Agências Tijuca e Abolição

Em função da suspeita de funcionários com coronavírus, mais duas agências do Bradesco foram fechadas a pedido do Sindicato, como medida preventiva para que sejam feitas ações sanitárias necessárias nas unidades Abolição e Tijuca, na Região Norte da cidade.
“É lamentável que a Fenaban não atenda as nossas reivindicações de fazer atendimento somente através de agendamentos para evitar aglomerações e perigos para os funcionários e para a população colocando em risco todo mundo e trazendo muita aflição para os bancários”, disse a diretora do Sindicato Nanci Furtado.

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