Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (16), mais um protesto contra o fechamento de agências físicas do Bradesco. Com o lema “Que vergonha, Bradesco”, a manifestação aconteceu na unidade da Rua Voluntários da Pátria, 371, em Botafogo, Zona Sul da cidade. O banco anunciou o encerramento desta agência já para a próxima sexta-feira (19).

“Um banco altamente lucrativo como o Bradesco, a segunda maior instituição privada do sistema financeiro nacional, não tem justificativa para fechar mais uma unidade. Muitos idosos nos procuram reclamando da dificuldade de se deslocar para agências mais distantes apenas para realizar depósitos, saques ou pagamentos”, afirmou o diretor do Sindicato e representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Leuver Ludolff.

“O Bradesco fecha agências, precariza o atendimento e deixa clientes e usuários sem suporte. Além disso, mantém um alto número de demissões. Vamos seguir acompanhando a situação dos funcionários e cobrando a preservação dos empregos. A tecnologia não pode ser usada como desculpa para extinguir postos de trabalho, ampliar o desemprego e aumentar ainda mais os lucros dos bancos”, completou o dirigente.

O Bradesco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 19,6 bilhões em 2024 e encerrou o primeiro semestre de 2025 com R$ 11,931 bilhões, um crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Assédio e metas abusivas

O diretor do Sindicato Herbert Correa destacou que os bancários vêm denunciando sobrecarga de trabalho, pressão excessiva e assédio moral.

“O Bradesco extinguiu o cargo de gerente administrativo, que passou a acumular funções comerciais nas unidades. Na última semana, em audioconferência da diretoria da região RJ/ES, os gerentes foram alvo de assédio moral, com cobranças abusivas de metas e até ameaças de demissão caso não atinjam os resultados exigidos. É inaceitável submeter profissionais que dedicam anos de suas vidas ao banco a esse tipo de situação vexatória”, denunciou Herbert.

Em casos de assédio ou ameaças de demissão, denuncie ao Sindicato
Telefones de atendimento:

Bancos Privados: (21) 2103-4121 / 4124

Bancos Públicos: (21) 2103-4122 / 4123