Sexta, 24 Janeiro 2025 17:47

Sindicato pressiona e Bradesco soluciona problema de ar-condicionado

Os diretores do Sindicato, Leuver Ludolff, Andreia São Pedro, Jacy Menezes, Nilson Salgado, Paulo Pessanha e Denys Moreira Os diretores do Sindicato, Leuver Ludolff, Andreia São Pedro, Jacy Menezes, Nilson Salgado, Paulo Pessanha e Denys Moreira

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Alta sensação térmica, clientes e bancários passando mal, com as roupas colando de suor; muita revolta e irritação. O clima de inferno foi constatado por diretores do Sindicato que trabalham na agência Nova Bonsucesso, do Bradesco, e vêm, desde o início do verão, cobrando do banco, a instalação de mais aparelhos de ar-condicionado, para fazer frente à forte onda de calor que assola o Rio de Janeiro e tem a ver com o aquecimento global.

Os gerentes da agência há meses pedem solução para o problema, sem ter resposta. Isto, apesar do Nível de Calor 3 (NC3), na capital, que ocorre quando há registro de índices de calor alto (36°C a 40°C) com previsão de permanência ou aumento por, ao menos, três dias. Problema grave e semelhante, que mostra o descaso do banco, se repete nas agências Santa Clara, em Copacabana, Madureira e Visconde de Sepetiba.

Quatro agências em apenas uma – A situação da unidade de Bonsucesso foi agravada ainda mais, com a incorporação de três outras agências a ela. “O Bradesco sabe do calor extremo do verão, da consequência de colocar no mesmo espaço três vezes mais clientes, e não fez qualquer estudo para resolver a situação, submetendo a saúde e a vida de correntistas e funcionários a uma atmosfera completamente insalubre. Isto é um absurdo!”, criticou Jacy Menezes, um dos diretores do Sindicato que trabalham na agência.

Como o Bradesco não resolveu o problema, na terça-feira (21/1) os dirigentes bancários – além de Jacy, Leuver Ludolff, Andreia São Pedro, Nilson Salgado, Paulo Pessanha e Denys Moreira – fizeram uma triagem, permitindo a entrada para o atendimento, de apenas três clientes por vez. Na quarta, organizaram uma paralisação que não permaneceu o expediente inteiro porque, ao meio-dia, chegou a informação de que o Bradesco instalaria na quinta-feira, 20 aparelhos portáteis de ar-condicionado, uma medida paliativa. O que acabou se confirmando no dia seguinte.

“O Sindicato vai cobrar a solução definitiva que é a instalação de aparelhos de ar-condicionado permanentes e em número suficiente para garantir o respeito à saúde de clientes e bancários”, adiantou Jacy. “E isto, nas agências em que também foram constatados problemas semelhantes. Orientamos os bancários que trabalharem em unidades com situação similar, a ligar para a entidade denunciando o fato”, afirmou.

Jacy, que também é secretário de Meio Ambiente da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio (Federa-RJ), lembrou que o banco não pode ignorar a crise climática que abala mundo inteiro. “As catástrofes se intensificaram e o ano de 2024 bateu o recorde de calor desde quando se iniciou a averiguação. A atual sensação térmica na Cidade do Rio de Janeiro, em 2025, encontra-se em níveis insuportáveis e desumanos. Os termômetros nas ruas registram 39⁰, 40⁰ e alguns dias mais”, disse.

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