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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
Os sindicatos, através da COE (Comissão de Organização dos Empregados), conseguiram um importante avanço nas negociações com a direção do Bradesco, realizadas na última quarta-feira (19). Após muitas reclamações de bancários pais e mães de filhos do espectro autista sobre os altos valores cobrados de coparticipação para terapias, o Bradesco atendeu as reivindicações dos funcionários e nestes casos os valores terão uma redução.
Muitas famílias passavam por dificuldades financeiras que comprometiam quase que a totalidade da renda para custear os tratamentos dos filhos autistas.
Como fica a coparticipação
A tabela de coparticipação prevê inicialmente uma cobrança de 30% sobre consultas, terapias e exames de baixa complexidade. No entanto, no caso de pessoas do espectro autista há a necessidade de uma série de terapias frequentes, muitas realizadas em mais de uma sessão semanal, tornando os custos altíssimos para o orçamento familiar.
Com isso, o banco se comprometeu a reduzir a coparticipação para 15% (metade do valor original) nos pacotes de terapia para Transtorno do Espectro Autista/TEA). Essa mudança passa a valer já a partir do dia 1º de outubro, e é necessário que o segurado informe na clínica responsável pelo tratamento que ela deve enquadrar as sessões como pacote de terapias TEA.
Devolução dos valores
Outro boa notícia para os bancários pais de autistas é que o banco informou que os valores já cobrados até o momento serão corrigidos, com a devolução de 50% da coparticipação realizada. O crédito será feito automaticamente na conta dos trabalhadores no dia 27 de setembro, sem necessidade de qualquer ação por parte dos bancários.
O Bradesco também se comprometeu a informar diretamente esses trabalhadores sobre a devolução, que será feita após uma insistente pressão dos dirigentes sindicais.
"Além de ter um aspecto humanitário nesta decisão, que atende a nossas reivindicações, há a questão financeira para os bancários e suas famílias, pois o alto custo dos tratamentos dos filhos autistas comprometiam a renda familiar", explicou o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e representante da COE, Leuver Ludolff.
Além disso, o banco informou que está mantido o empréstimo social para os bancários que entraram em contato com o programa VivaBem, e também nestes casis, as correções nos valores de coparticipação serão efetuadas.