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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Após o apagão cibernético mundial da sexta-feira passada (19), problemas nos sistemas digitais levaram empresas e governos a agirem rápido em busca de soluções para o impasse gerado em máquinas que utilizam o sistema operacional Windows.
No entanto, o Bradesco ainda não conseguiu retornar a estabilidade de seu sistema interno. Bancários de diversas agências afirmam que continuam com vários terminais de trabalho inoperantes e sem prazo para a regularização.
"Mesmo não oferecendo solução para o problema técnico, o banco tem levado seus funcionários ao desespero, diante da absurda pressão por metas, obviamente inalcançaveis diante da situação em que se encontram os sistemas do Bradesco", relatou o diretor de base do Sindicato, Herbert Correa.
Sem prazo para solução
De acordo com o dirigente sindical "a instabilidade do sistema do banco já dura uma semana e a cobrança excessiva pelas metas continua".
"O banco não disponibiliza meios para seus funcionários trabalharem. Agências chegaram a ser fechadas por dois dias, no entanto a cobrança continuou da mesma forma. O Bradesco sequer considerou a possibilidade de redução das metas. O departamento de TI do banco apenas pede que os empregados 'aguardem', sem dar prazo para a solução", acrescentou Herbert.
Pressão adoece bancários
O Diretor do Sindicato e também funcionário do Bradesco Sérgio Menezes denuncia o que chama de "atrocidades" cometidas pela Diretoria Regional do Banco.
"A Regional assedia os Gerentes Gerais por resultados e alguns deles pressionam a ponto de adoecer seus subordinados para o cumprimento de metas inatingiveis", disse Serginho.
O dirigente sindical relata ainda as demissões que estão ocorrendo no banco, como na agência Ipanema (0887).
"Num prazo de oito meses já foram demitidos 8 gerentes PJs, ou seja, um trabalhador dispensado por mês. Trabalhar no Bradesco é um verdadeiro 'circo de horrores' protagonizado pela atual Diretoria Regional e seus comandados que agem como cúmplices de todas essas aberrações cometidas pelo Bradesco contra seus funcionários " ressaltou Sérgio Menezes.
"É inacreditável que a Fenaban, na negociação de ontem [quinta-feira] com os dirigentes sindicais, ainda teve a cara de pau de negar a relação direta da imposição de metas desumanas com o adoecimento da categoria", completou.