Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Falta de aviso não foi. O Sindicato alertou por diversas vezes a necessidade de instalação de porta de segurança no acesso ao hall dos caixas eletrônicas, mas o banco sequer respondeu aos questionamentos dos dirigentes sindicais. 

A intransigência da Diretoria Regional do Bradesco em não atender a reivindicação dos bancários resultou num alagamento da agência e do estacionamento do prédio na Avenida Senador Dantas, no Centro.

Os diretores do Sindicato Sérgio Menezes, Luciano Rosário, Marcelo Luís e Ricardo Ducof foram à unidade e verificaram a situação insalubre do local.

Dormitório de mendigos

A ausência de uma porta de segurança na agência resulta em outro grave problema que traz situações constrangedoras e de insalubridade para os funcionários quando chegam para trabalhar. 

“O local virou um dormitório de moradores de rua. É uma situação constrangedora e insustentável para os bancários e bancárias. Esperamos que após este caos ocorrido na agência, a Diretoria Regional tome as devidas providências e instale a porta de segurança conforme temos denunciado insistentemente”, ressaltou o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes.

"Essas pessoas que moram nas ruas são vítimas da desigualdade social no país e se abrigam onde podem. A maioria trabalharam até no mercado formal, mas o desemprego e a crise econômica do país levou milhões de brasileiros a morarem nas ruas, muitas perderam a esperança e acabam se entregando as drogas e ao alcoolismo, cometendo pequenos furtos. Os juros altos praticados pelos bancos têm responsabilidade direta sobre esta situação de miséria no Brasil", explicou Serginho.

Furto do hidrômetro

O alagamento ocorreu em função do furto do hidrômetro por moradores de rua.

“Ate quando a Diretoria Regional do Bradesco irá ficar criando entraves burocráticos para a instalação da porta de Segurança na agência Senador Dantas?”, questionou o diretor do Sindicato Luciano Rosário.

“O auto atendimento da agência virou moradia de mendigos nas madrugadas cariocas”, denuncia o diretor do Sindicato Marcelo Luís, o Marcelão.

O dirigente sindical destacou que já existe a porta de segurança, mas que não estaria sendo utilizada, segundo denúncia de funcionários, por ordem da Diretoria Regional.

“Parece que estão pouco se lixando para a segurança de clientes e funcionários e para a situação do local após o encerramento dos expedientes”, completou Marcelo.